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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tireóide: Sintomas e Tratamento

O que é a tireóide?
A tireóide é uma glândula em forma de borboleta que está localizada no pescoço logo abaixo da região conhecida como “pomo de Adão”.

Qual é a função da tireóide?
A tireóide produz dois hormônios muito importantes para o organismo: o T3 e o T4. Estes hormônios controlam o funcionamento de diversos órgãos e por isso, interferem diretamente em processos como crescimento, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, batimentos cardíacos, eliminação de líquidos, funcionamento intestinal, força muscular e controle do peso corporal. O funcionamento da tireóide depende da presença de um hormônio chamado TSH produzido pela hipófise. A hipófise é uma glândula do tamanho de uma ervilha localizada na base do cérebro atrás dos olhos.

Que doenças podem acometer a tireóide?
As doenças mais comuns são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo, as tireoidites e os nódulos tireoidianos.
O que é o hipotireoidismo?
Quando a tireóide fica “preguiçosa”, ou seja, não consegue produzir quantidades suficientes de T3 e T4, temos o hipotireoidismo. O exame de TSH elevado é o mais indicado para confirmar o hipotireoidismo e mostra que a hipófise está tentando estimular a tireóide a funcionar mais. Os sintomas mais freqüentes são desânimo, intestino preso, redução de memória e raciocínio, alterações menstruais, sonolência, ganho de peso, rouquidão, inchaço, sensação de frio, elevação do colesterol, abortos repetidos, queda de cabelo e pele seca. Quando descoberto em sua fase inicial, a pessoa pode ter poucos ou nenhum sintoma. Em crianças, pode causar ainda atraso do crescimento e, se não tratado, deficiência mental importante.
O que causa o hipotireoidismo?
A causa mais comum é a tireoidite crônica de Hashimoto, uma alteração em que anticorpos (anti-TPO) produzidos pela própria pessoa começam a atacar a tireóide destruindo lentamente suas células. Entre outras causas estão deficiência de iodo, cirurgia em que se retira a tireóide, radiação e após alguns tratamentos para hipertireoidismo.
Como é o tratamento?
O tratamento do hipotireoidismo é provavelmente um dos mais gratificantes da medicina, pois é prático, tem baixo custo, controla totalmente os sintomas, não interage com outros medicamentos e não apresenta efeitos colaterais se estiver nas doses corretas. Consiste em uma tomada diária de um comprimido com T4 cuja dosagem será orientada pelo endocrinologista conforme os resultados dos exames que deverão ser realizados em intervalos que variam de 2 a 6 meses. O único inconveniente é que o tratamento deve ser mantido por toda a vida para prevenir a volta dos sintomas e o aumento da tireóide.
O que é o hipertireoidismo?
Quando a tireóide fica “acelerada”, produzindo os hormônios T3 e T4 em excesso, temos um quadro de hipertireoidismo. Exames de T3 e T4 elevados com um TSH baixo geralmente confirmam o diagnóstico. Os sintomas mais freqüentes são tremores, palpitação, arritmias, emagrecimento rápido, aumento de apetite, agitação, insônia, sensação de calor,   
mãos quentes, aumento da região anterior do pescoço, sudorese e fraqueza muscular. Em pessoas idosas, os sintomas podem passar quase despercebidos.
O que causa o hipertireoidismo?
A causa mais comum é a Doença de Basedow-Graves em que anticorpos produzidos pelo própria pessoa começam a estimular descontroladamente a tireóide causando o excesso de hormônios. Nesta doença, além dos sintomas já descritos, os olhos podem ficar salientes e arregalados pois ocorre um inchaço dos músculos que ficam atrás dos olhos. Entre outras causas estão tumores benignos em forma de nódulos produtores de hormônios e o bócio multinodular (aumento da tireóide com vários nódulos).

Como é o tratamento?
O tratamento do hipertireoidismo pode ser feito de três formas: medicamentos, iodo radioativo e cirurgia. A maioria dos tratamentos se inicia com medicamentos e, se houver intolerância, alergia ou efeitos colaterais graves deve ser indicado o iodo radioativo ou a cirurgia. Há tratamentos que podem se iniciar diretamente com o iodo radioativo. A cirurgia para o hipertireoidismo geralmente está reservada para casos em que a tireóide está muito aumentada ou há uma contra-indicação para o iodo radioativo. Após o tratamento, os pacientes com hipertireoidismo podem curar ou evoluir para um quadro de hipotireoidismo.
O que é a tireoidite subaguda?
A tireoidite subaguda é uma outra alteração tireoidiana que ocorre com menor freqüência e é caracterizada por uma inflamação geralmente provocada por um vírus, como se fosse uma “gripe da tireóide”. O vírus ataca algumas células da tireóide e há um derramamento na circulação dos hormônios estocados causando sintomas e resultados de exames de sangue semelhantes ao hipertireoidismo. A diferença é que na maioria das vezes ocorre também uma dor intensa na região anterior do pescoço. Quando a dor não é típica, exames de sangue complementares e o mapeamento da captação de iodo pela tireóide (tireograma) podem ser necessários para o correto esclarecimento do diagnóstico.
E como é o tratamento da tireoidite subaguda?
Este tipo de tireoidite tem duração limitada e o tratamento envolve antiinflamatórios potentes para a redução da dor e da inflamação. Ocasionalmente pode ser útil um medicamento para os sintomas provocados pelo aumento transitório de hormônios tireoidianos na circulação.
O que são nódulos tireoidianos?
Os nódulos tireoidianos, também chamados de bócio nodular, são aumentos localizados na tireóide que podem ter características variadas. Alguns são constituídos apenas de líquidos e são chamados de nódulos císticos. Alguns produzem hormônios tireoidianos em excesso causando hipertireoidismo e são chamados de nódulos tóxicos.   
Os nódulos tireoidianos são comuns?
Sim. Após a popularização da ultra-sonografia de tireóide, percebeu-se que os nódulos tireoidianos são muito freqüentes sobretudo em pessoas acima de 50 anos e muitos deles são benignos e não precisam de cirurgia. Entretanto, toda vez que estamos diante de um nódulo tireoidiano, a principal preocupação é identificar as diversas características para que seja indicada a cirurgia somente naqueles casos com confirmação ou suspeita de malignidade.
Quais exames costumam ser necessários?
Dependendo das características do nódulo, podem ser solicitados exames de sangue, o tireograma (mapeamento de captação da tireóide), a ultra-sonografia e uma punção aspirativa com agulha fina guiada por ultra-som.   
Como é esta punção aspirativa?
Este exame, também chamado de PAAF – punção aspirativa com agulha fina -, geralmente é realizado na própria clínica de ultra-som. Consiste na introdução de uma agulha fina dentro do nódulo tireoidiano para aspiração de algumas gotas com células de tireóide que são enviadas para um laboratório de citologia para serem estudadas. É rápido, pouco doloroso e praticamente sem riscos para o paciente. É considerado o exame mais importante na avaliação do risco de malignidade de um nódulo tireoidiano.   
E como é o tratamento destes nódulos?
A conduta dependerá dos resultados dos exames e poderá ser com medicamentos, cirurgia, iodo radioativo, injeção de etanol ou simplesmente observação clínica com ultra-sons seriados.

Quais tipos de nódulos são indicados para cirurgia?
Esta decisão envolve muitas variáveis e de, uma forma geral, a cirurgia é destinada àqueles em que há confirmação ou suspeita de malignidade, sinais de compressão ou desconforto no pescoço e os que representam problema estético para o paciente.

E como é o tratamento do câncer de tireóide?
Com exceção do tipo anaplásico (raro), a evolução do câncer de tireóide é relativamente lenta e a resposta ao tratamento é muito boa quando comparada a outros tipos de câncer. A grande maioria dos casos de câncer de tireóide é do tipo papilar ou folicular e o tratamento é feito com cirurgia e complementação com o iodo radioativo. A quimioterapia não é necessária para este tipo de câncer. Após a cirurgia, o paciente continuará o acompanhamento médico com exames periódicos para confirmação e controle de cura do câncer e para os ajustes da medicação, para o hipotireoidismo causado pela retirada da tireóide.

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