Todo amor me destrói
Todo amor é espetacular. Atropela-se e se atropela tudo. Tudo. Todos.
Todo amor peca por excesso, mas não há o que fazer se é um sentimento  que é em si e por si mesmo inteiro, completo, absoluto. Não deveria  existir. Ele exige o mais de quem ousa advogar em seu nome. De quem ousa  tocá-lo.
 
Todo amor se julga  perfeito. É feito um deus, pois que nunca se o viu, mas desperta  sentimentos, desejos, culpas, dita regras, estabelece princípios,  filosofa. Mas tal qual um deus, o amor nunca disse nada. Fala por seus  agentes. Por seus ditos detentores. Fala por nossas bocas humanas,  imperfeitas. Agente poderoso, é usado como justificativa para desatinos,  para loucuras, para o que seu possuído necessitar. Assim o é.
Tanta entrega. Tanta alma. Tanto calor. Tanta paixão. Tanta posse. Mas a  verdade perturbadora, imutável, é que não temos, nunca tivemos nem  nunca teremos ninguém; como ninguém nos terá, mesmo que cuspamos essa  mentira, na forma mais sincera. Mesmo que acreditemos.
Estar é o  único caminho entre ter e ser. Essa angústia maldita que nos acompanha:  não temos, nem somos nada. E só estando o amor poderá sobreviver. Estar  apaixonado é um estado único, onde o amor se torna um elo invisível que  une corpos e histórias. Isso é real. Isso é único. O resto é barbárie  humana para atender necessidades outras, fulas, nulas, insignificantes;  para nos satisfazer egolatrias. Precisamos ser. Precisamos ter. E nada  disso existe de fato. E isso, sim, nos mata mais do que a própria  expectativa da morte.
Estou vivo. Sou um ser. Sou verbo. Estar é  a única resposta. É a única perene. Que se movimenta. Que não se  solidifica ou envelhece. Estar é um momento único no tempo e se renova a  cada pensamento.
Que assim, o amor aceite a falência das  baixas necessidades humanas que deterioram, deturpam e corroem o outro.  Que possamos aprender a amar em si e estar o amor a cada segundo, em sua  plenitude. Pelo outro; não sobre o outro; não ter o outro; não pela  presença do outro, mas por sua existência.
Talvez o amor que  está, que não tem, que não é simplesmente não exista. Mas depois de  descobrir sua possibilidade, sua forma, essa idéia rica, a busca se  torna imperativa, imprescindível, necessária.
Fora esse conceito, fora essa imagem, todo amor me destrói.
Todo amor é espetacular. Atropela-se e se atropela tudo. Tudo. Todos.
Todo amor peca por excesso, mas não há o que fazer se é um sentimento que é em si e por si mesmo inteiro, completo, absoluto. Não deveria existir. Ele exige o mais de quem ousa advogar em seu nome. De quem ousa tocá-lo.
Todo amor se julga perfeito. É feito um deus, pois que nunca se o viu, mas desperta sentimentos, desejos, culpas, dita regras, estabelece princípios, filosofa. Mas tal qual um deus, o amor nunca disse nada. Fala por seus agentes. Por seus ditos detentores. Fala por nossas bocas humanas, imperfeitas. Agente poderoso, é usado como justificativa para desatinos, para loucuras, para o que seu possuído necessitar. Assim o é.
Tanta entrega. Tanta alma. Tanto calor. Tanta paixão. Tanta posse. Mas a verdade perturbadora, imutável, é que não temos, nunca tivemos nem nunca teremos ninguém; como ninguém nos terá, mesmo que cuspamos essa mentira, na forma mais sincera. Mesmo que acreditemos.
Estar é o único caminho entre ter e ser. Essa angústia maldita que nos acompanha: não temos, nem somos nada. E só estando o amor poderá sobreviver. Estar apaixonado é um estado único, onde o amor se torna um elo invisível que une corpos e histórias. Isso é real. Isso é único. O resto é barbárie humana para atender necessidades outras, fulas, nulas, insignificantes; para nos satisfazer egolatrias. Precisamos ser. Precisamos ter. E nada disso existe de fato. E isso, sim, nos mata mais do que a própria expectativa da morte.
Estou vivo. Sou um ser. Sou verbo. Estar é a única resposta. É a única perene. Que se movimenta. Que não se solidifica ou envelhece. Estar é um momento único no tempo e se renova a cada pensamento.
Que assim, o amor aceite a falência das baixas necessidades humanas que deterioram, deturpam e corroem o outro. Que possamos aprender a amar em si e estar o amor a cada segundo, em sua plenitude. Pelo outro; não sobre o outro; não ter o outro; não pela presença do outro, mas por sua existência.
Talvez o amor que está, que não tem, que não é simplesmente não exista. Mas depois de descobrir sua possibilidade, sua forma, essa idéia rica, a busca se torna imperativa, imprescindível, necessária.
Fora esse conceito, fora essa imagem, todo amor me destrói.
 
 
 
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