A MENTIRA DESCOBERTA
Em uma de suas palestras na Universidade de Porto Rico, o Doutor Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi para a Vida Sem Violência, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:
Ele tinha 16 anos e estava vivendo com os pais no instituto que seu avô havia fundado, a 18 quilômetros da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar. Estavam bem no interior do país e não tinham vizinhos. Assim, ele e as irmãs, ficavam muito felizes quando podiam ir à cidade visitar amigos ou assistir a um filme no cinema.
Certo dia, seu pai pediu que Arun o levasse até a cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro. A mãe aproveitou e lhe deu uma lista de coisas do supermercado que deveria comprar. Como iria passar todo o dia na cidade, seu pai pediu que fizesse outras tarefas pendentes, como levar o carro para a oficina.
Quando se despediu, seu pai, disse:
- Nos veremos neste local às cinco horas da tarde e voltaremos juntos para casa.
Depois de terminar rapidamente todas as tarefas, Arun foi ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que se esqueceu do tempo. Eram cinco e meia da tarde, quando se lembrou do encontro com meu pai.
Correu para a oficina, pegou o carro e correu até o lugar onde seu pai estava lhe esperando. Já eram quase seis horas da tarde. O pai, ansioso, perguntou:
- Por que você se atrasou tanto, filho?
Arun se sentiu mal por não poder dizer a verdade, que estava assistindo a um filme de John Wayne. Então, disse que o carro não estava pronto, e que precisou esperar. Falou isso sem saber que seu pai já tinha ligado para a oficina.
Quando o pai percebeu que Arun tinha mentido, falou:
- Alguma coisa não anda bem, no modo como venho lhe educando, já que não tenho lhe passado confiança a ponto de você me falar a verdade. Vou pensar sobre o que fiz de errado com você. Vou caminhar os 18 quilômetros até em casa pensando sobre isto.
Assim, mesmo usando roupas e sapatos caros, o pai começou a andar por caminhos escuros e sem asfalto, até em casa.
Mas, como não podia deixá-lo sozinho, dirigiu por cinco horas e meia atrás dele, vendo o pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que ele havia dito. Foi então que decidiu que, a partir daquele momento, nunca mais iria mentir.
Arun contou que muitas vezes se lembra desse episódio e pensa: "Se meu pai tivesse me castigado do modo que castigamos nossos filhos, será que eu teria aprendido a lição? Não acredito! Se eu tivesse sofrido o castigo, continuaria mentindo até hoje!"
LIÇÃO DE VIDA:
Mentir, nunca é a solução.
O melhor castigo para quem mente, é usarmos exemplos como o deste pai, que não praticou a violência, mas com sua sabedoria e, com seu amor, conseguiu que o filho se arrependesse da mentira que contou.
Este é o exemplo do poder da vida sem violência.
COLABORADORA:
CLAU
Em uma de suas palestras na Universidade de Porto Rico, o Doutor Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi para a Vida Sem Violência, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:
Ele tinha 16 anos e estava vivendo com os pais no instituto que seu avô havia fundado, a 18 quilômetros da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar. Estavam bem no interior do país e não tinham vizinhos. Assim, ele e as irmãs, ficavam muito felizes quando podiam ir à cidade visitar amigos ou assistir a um filme no cinema.
Certo dia, seu pai pediu que Arun o levasse até a cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro. A mãe aproveitou e lhe deu uma lista de coisas do supermercado que deveria comprar. Como iria passar todo o dia na cidade, seu pai pediu que fizesse outras tarefas pendentes, como levar o carro para a oficina.
Quando se despediu, seu pai, disse:
- Nos veremos neste local às cinco horas da tarde e voltaremos juntos para casa.
Depois de terminar rapidamente todas as tarefas, Arun foi ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que se esqueceu do tempo. Eram cinco e meia da tarde, quando se lembrou do encontro com meu pai.
Correu para a oficina, pegou o carro e correu até o lugar onde seu pai estava lhe esperando. Já eram quase seis horas da tarde. O pai, ansioso, perguntou:
- Por que você se atrasou tanto, filho?
Arun se sentiu mal por não poder dizer a verdade, que estava assistindo a um filme de John Wayne. Então, disse que o carro não estava pronto, e que precisou esperar. Falou isso sem saber que seu pai já tinha ligado para a oficina.
Quando o pai percebeu que Arun tinha mentido, falou:
- Alguma coisa não anda bem, no modo como venho lhe educando, já que não tenho lhe passado confiança a ponto de você me falar a verdade. Vou pensar sobre o que fiz de errado com você. Vou caminhar os 18 quilômetros até em casa pensando sobre isto.
Assim, mesmo usando roupas e sapatos caros, o pai começou a andar por caminhos escuros e sem asfalto, até em casa.
Mas, como não podia deixá-lo sozinho, dirigiu por cinco horas e meia atrás dele, vendo o pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que ele havia dito. Foi então que decidiu que, a partir daquele momento, nunca mais iria mentir.
Arun contou que muitas vezes se lembra desse episódio e pensa: "Se meu pai tivesse me castigado do modo que castigamos nossos filhos, será que eu teria aprendido a lição? Não acredito! Se eu tivesse sofrido o castigo, continuaria mentindo até hoje!"
LIÇÃO DE VIDA:
Mentir, nunca é a solução.
O melhor castigo para quem mente, é usarmos exemplos como o deste pai, que não praticou a violência, mas com sua sabedoria e, com seu amor, conseguiu que o filho se arrependesse da mentira que contou.
Este é o exemplo do poder da vida sem violência.
COLABORADORA:
CLAU
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