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sábado, 10 de janeiro de 2015

Cesta básica 'não sobe mais porque chegou ao topo'

ALTA DE 2,53% NO ANO

Cesta básica 'não sobe mais porque chegou ao topo'

10.01.2015

Os artigos que puxaram o aumento de preço na Capital, segundo o Dieese, foram a carne, o arroz, o café e o pão

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Segundo a pesquisa, o preço da carne teve alta de 17,32%, enquanto o arroz aumentou 10,87% e o café registrou elevação de 10,78%
FOTO: JOSE LEOMAR
A cesta básica de Fortaleza registrou alta de 2,53% em 2014, frente o resultado do ano anterior, apresentando a quinta menor variação entre as 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A carne, o arroz, o café e o pão foram os principais vilões responsáveis pela elevação do preço da alimentação básica no ano passado.
Para se ter uma ideia, em 2014, o preço da carne teve alta de 17,32%, enquanto que o arroz aumentou 10,87% e o café registrou elevação de 10,78%. Já os produtos que sofreram reduções foram a farinha com queda de 31,41%, o tomate reduzindo 19,33% de seu preço, e o feijão, com deflação de 14,40%.
"Na verdade, a carne está puxando essa variação há dois anos. E isso pesa no bolso do trabalhador. A boa notícia é que o feijão, antes tão vilão quanto a carne, tem apresentado uma queda de preço desde de maio de 2013", diz Reginaldo Aguiar, economista do Dieese no Ceará.
De acordo com o economista, a elevação de 2,53% da cesta básica era o esperado. "Mas ela não aumenta mais porque já chegou no topo", disse. Para 2015, "neste semestre, não estou vendo nenhum cenário que aponte que os preços ficarão com variações explosivas", salienta.
Queda no preço
Conforme a pesquisa, em dezembro do ano passado, a cesta registrou deflação de 0,07%, fazendo com que o trabalhador desembolsasse R$ 280,39 para adquirir os produtos da alimentação básica, respeitando as quantidades definidas de cada alimento.
Considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no País, de R$ 724,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que despender no último mês do ano, 93 horas e 39 minutos de sua jornada de trabalho para essa finalidade, menor do que o tempo exigido em igual período de 2013, onde eram necessárias 94 horas e 47 minutos.
No País, em dezembro, houve elevação do preço da cesta em 16 cidades e diminuição em apenas duas: Curitiba e Fortaleza.
Brasil
Em 2014, o valor acumulado das cestas aumentou em 17 das 18 capitais. As maiores altas foram em Brasília (13,79%), Aracaju (13,34%) e Floripa (10,58%). A redução ocorreu só em Natal (-1,70%). São Paulo foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta, custando R$ 354,19. Já os menores custos foram em Aracaju, com R$ 245,70 e Salvador com preço de R$ 267,82.
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FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE

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