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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Maconha na adolescência prejudica memória e inteligência

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Estudo COMPROVA QUE adolescentes que usam em maconha antes de chegarem aos 18 anos podem ter perda de memória e provocar lesões permanentes em inteligência e atenção.

Pesquisadores do Reino Unido e dos EUA descobriram que o uso frequente e dependente da maconha antes dos 18 anos de idade pode ter um efeito neurotóxico.

Uma professora de psicologia e neurociência no Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres, Terrie Moffitt, disse que o alcance e a duração do estudo, que envolveu mais de 1.000 pessoas acompanhadas por mais de 40 anos, davam peso adicional aos resultados.

Moffitt trabalhou com Madeleine Meier, uma pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Duke nos Estados Unidos, analisando dados de 1.037 neozelandeses que participaram do estudo. Cerca de 96% dos participantes originais continuaram no estudo de 1972 até hoje, ela explicou.

Aos 38 anos, os participantes foram submetidos a uma bateria de testes psicológicos para avaliar sua memória, velocidade de processamento, racionalização e processamento visual. Os que usaram maconha de forma persistente quando adolescentes tiraram notas significantemente piores na maior parte dos testes.

"Fumar 4 cigarros de maconha por semana já é considerado uma forma 'persistente' de uso, ou seja, já é prejudicial a adolescentes."

Amigos e parentes regularmente entrevistados como parte do estudo tinham mais propensão a relatar que os fortes usuários de maconha tinham problemas de memória e de atenção, como perda de foco e o esquecimento de tarefas.

Os pesquisadores também descobriram que pessoas que começaram a usar maconha na adolescência e continuaram durante anos mostravam um declínio médio de 8 pontos nos testes de quociente de inteligência (QI) entre os 13 e os 38 anos.

"As pessoas submetidas ao estudo que não usaram maconha até serem adultas e terem o cérebro totalmente formado não mostraram declínios mentais similares", disse Moffitt.

Ela disse que o declínio do QI não podia ser explicado pelo uso de álcool ou de outras drogas ou por ter menos educação, e Meier disse que a variável chave era a idade que as pessoas começaram a usar maconha.

Meier afirmou que a mensagem do estudo era clara: "a maconha não é inofensiva, principalmente para os adolescentes".

O estudo também concluiu que o uso frequente de maconha após os 18 anos parece ser menos prejudicial ao cérebro. Fontes: [Reutersodebate]

Conteúdo do Saúde com Ciência é informativo/educativo. Não exclui consulta 

FONTE:
SAÚDE COM CIÊNCIA

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