Segundo SPC Brasil e a CNDL, há 55,3 milhões de devedores negativados.
Em abril, número de devedores teve alta de 3,77%, acrescentaram lojistas.
Quatro em dez brasileiros estavam inadimplentes em abril, um
contingente de 55,3 milhões de pessoas, segundo estimativas divulgadas
pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nesta terça-feira (12).
Em abril, o número de consumidores inadimplentes avançou 3,77% contra o
mesmo mês do ano passado, o equivalente a 600 mil novos devedores. O
número total de inadimplentes, de 55,3 milhões, equivale a 38% da
população entre 18 e 95 anos. Os cálculos incluem todos os tipos de
dívida em atraso, e não somente com o comércio varejista.
"Você tem mais do que o ajuste fiscal [aumento de impostos e corte de gastos, como investimentos] afetando a inadimplência. Existe a falta de cultura de planejamento. O brasileiro muitas vezes se rende ao financiamento fácil para fazer alguma compra. A gente sempre indica que prefira pagamento à vista. Quando as coisas estão indo bem, [o efeito] não é tão evidente na inadimplência. Mas quando a gente vê um ano como 2015, quando as coisas estão indo devagar, acaba tendo aumento da inadimplência", avaliou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Dívidas em atraso
Já o indicador de dívidas em atraso, e não de pessoas inadimplentes, subiu 2,83% de março para abril, a maior alta para o último mês desde o início da série histórica, em 2010. Na comparação com abril do ano passado, houve um aumento de 5,02% - o que mostra aceleração, uma vez que em março o aumento havia sido de 3,46%.
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a alta da inadimplência, além da falta de planejamento do brasileiro, também é reflexo do cenário macroeconômico, com desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do desemprego. "Também temos algumas medidas do ajuste fiscal que estão em curso, parte aprovada pelo Congresso Nacional", observou ele.
Em março, cada consumidor registrado nas bases de dados do SPC Brasil tinha, em média, 2,08 dívidas em atraso, número que avançou para 2,11 dívidas atrasadas em abril. Este é o maior patamar para o número médio de dívdias em atraso desde setembro de 2012.
Comunicação lidera segmento com dívidas em atraso
De acordo com a CNDL e o SPC Brasil, o segmento de comunicação lidera o número de pendências. Em abril, houve uma alta de 12,10% na inadimplência deste setor.
A segunda maior variação, que vinha sendo ocupada por dívidas em atraso com água e luz, foi substituída pelo setor bancário no mês passado. Em abril, as dívidas em atraso com bancos representaram 7,5% do total, e com o setor de água e luz 5,02%. As dívidas com o comércio recuaram 0,32% no mês passado.
Os números da CNDL e do SPC Brasil mostram ainda que o setor de bancos lidera o estoque de dívidas em atraso, com 48,4% do volume total dos débitos inadimplentes, seguido pelo comércio, com 20,10% do total.
"A gente já percebe em pesquisa que o instrumento que mais leva o consumidor a inadimplencia são cartão de crédito e cheque especial. Se ficou inadimplente, tente resolver essa dívida assim que possível. A dívida cresce muito rápido. Nem que isso exija algum tipo de negociação, proposta", avaliou Kawauti, do SPC Brasil. Números do BC indicam que os juros do cheque especial e do cartão de crédito estão entre os maiores do mercado.
Quando a gente vê um ano como 2015, quando as coisas estão indo devagar, acaba tendo aumento da inadimplência"
Marcela Kawauti, do SPC
"Você tem mais do que o ajuste fiscal [aumento de impostos e corte de gastos, como investimentos] afetando a inadimplência. Existe a falta de cultura de planejamento. O brasileiro muitas vezes se rende ao financiamento fácil para fazer alguma compra. A gente sempre indica que prefira pagamento à vista. Quando as coisas estão indo bem, [o efeito] não é tão evidente na inadimplência. Mas quando a gente vê um ano como 2015, quando as coisas estão indo devagar, acaba tendo aumento da inadimplência", avaliou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Dívidas em atraso
Já o indicador de dívidas em atraso, e não de pessoas inadimplentes, subiu 2,83% de março para abril, a maior alta para o último mês desde o início da série histórica, em 2010. Na comparação com abril do ano passado, houve um aumento de 5,02% - o que mostra aceleração, uma vez que em março o aumento havia sido de 3,46%.
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a alta da inadimplência, além da falta de planejamento do brasileiro, também é reflexo do cenário macroeconômico, com desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do desemprego. "Também temos algumas medidas do ajuste fiscal que estão em curso, parte aprovada pelo Congresso Nacional", observou ele.
Em março, cada consumidor registrado nas bases de dados do SPC Brasil tinha, em média, 2,08 dívidas em atraso, número que avançou para 2,11 dívidas atrasadas em abril. Este é o maior patamar para o número médio de dívdias em atraso desde setembro de 2012.
Comunicação lidera segmento com dívidas em atraso
De acordo com a CNDL e o SPC Brasil, o segmento de comunicação lidera o número de pendências. Em abril, houve uma alta de 12,10% na inadimplência deste setor.
A segunda maior variação, que vinha sendo ocupada por dívidas em atraso com água e luz, foi substituída pelo setor bancário no mês passado. Em abril, as dívidas em atraso com bancos representaram 7,5% do total, e com o setor de água e luz 5,02%. As dívidas com o comércio recuaram 0,32% no mês passado.
Os números da CNDL e do SPC Brasil mostram ainda que o setor de bancos lidera o estoque de dívidas em atraso, com 48,4% do volume total dos débitos inadimplentes, seguido pelo comércio, com 20,10% do total.
"A gente já percebe em pesquisa que o instrumento que mais leva o consumidor a inadimplencia são cartão de crédito e cheque especial. Se ficou inadimplente, tente resolver essa dívida assim que possível. A dívida cresce muito rápido. Nem que isso exija algum tipo de negociação, proposta", avaliou Kawauti, do SPC Brasil. Números do BC indicam que os juros do cheque especial e do cartão de crédito estão entre os maiores do mercado.
FONTE:
http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/05/quatro-em-dez-brasileiros-estao-inadimplentes-dizem-lojistas.html
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