A ex-presidente Dilma Rousseff emitiu nota na qual critica TRF-4 por marcar para janeiro julgamento de Lula. "O mesmo tribunal mantém na gaveta há 12 anos o julgamento do senador tucano Eduardo Azeredo", afirma Dilma em nota
A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou, nesta quarta-feira (13/12), nota na qual critica a postura do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Dilma, o tribunal, que marcou para 24 de janeiro o julgamento que pode tornar Lula inelegível, com base na Ficha Limpa, não agiu com a mesma agilidade em processos de políticos de outros partidos.
"O mesmo tribunal que acaba de marcar a data do julgamento do recurso de Lula em tempo recorde, mantém na gaveta há 12 anos o julgamento do recurso do senador tucano Eduardo Azeredo, condenado em primeira instância", afirma Dilma na nota.
Para a ex-presidente, age-se para impedir Lula, que aparece à frente nas pesquisas eleitorais, de concorrer no pleito de 2018. "Eleição sem Lula é eleição sem legitimidade. Eleição sem que Lula tenha direito de concorrer é mais um golpe contra a democracia", escreve.
Leia a íntegra da nota emitida por Dilma Rousseff
“O mesmo tribunal que acaba de marcar a data do julgamento do recurso de Lula em tempo recorde, mantém na gaveta há 12 anos o julgamento do recurso do senador tucano Eduardo Azeredo, condenado em primeira instância.
O mesmo tribunal que está examinando o recurso de Lula na metade do tempo dos julgamentos mais rápidos que já realizou, marcou uma sentença para o dia 24 de janeiro, na primeira sessão após o recesso de fim de ano.
Os tribunais devem ser movidos pelo dever de fazer justiça, segundo as leis, o devido processo legal, e prazos que assegurem amplo direito de defesa.
Os democratas deste país, aqueles que prezam a normalidade democrática e o pleno funcionamento das instituições, devem defender o direito de Lula de concorrer à Presidência.
Interditar Lula é casuísmo. Eleição sem Lula é eleição sem legitimidade. Eleição sem que Lula tenha direito de concorrer é mais um golpe contra a democracia”.
Dilma Rousseff
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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