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O que é essa GDPR?
Em resumo, a Lei Geral de Proteção de Dados é uma nova legislação europeia que visa dar aos usuários mais controle sobre os dados que as empresas têm sobre eles. A regulação também tem como objetivo simplificar a situação regulamentária na Europa, dando uma regulamentação básica para todos incorporarem em suas respectivas leis nacionais.
Desde quando ela existe?
A lei foi criada em abril de 2016 e passou a ser aplicável apenas nesta sexta-feira, após dois anos de transição. A proposta, no entanto, foi aceita ainda em 2012, e veio para substituir a legislação anterior, a Data Protection Directive.
Em um documento oficial de três anos atrás, o Conselho da União Europeia destacava que o “rápido desenvolvimento e a globalização trouxeram novos desafios relacionados aos dados pessoais”, mencionando que a tecnologia permitia que empresas privadas e autoridades públicas “usassem essas informações em uma escala sem precedentes para atingir seus objetivos”. Era preciso, então, criar uma regulamentação mais “forte e coerente” para proteger os dados.
O que ela muda?
Em resumo, a legislação obriga as empresas a mudar a forma como lidam com dados pessoais se quiserem continuar atuando no continente. Ela vale para qualquer companhia, de qualquer tamanho e europeia ou não, que atua no território e processa dados sobre cidadãos europeus. A regulação institui, por exemplo, que dados pessoais sejam processados de acordo com a lei e de forma transparente e que as empresas mantenham tudo atualizado. As companhias precisam ter um propósito bem definido para usar os dados e também devem deixar isso claro aos usuários. Além disso, consentimento é essencial.
Usar dados além dos necessários para a função definida ou fugir do motivo explicitado também passa a ser ilegal. Fora isso, as empresas não poderão mais armazenar as informações por mais tempo do que o preciso e também deverão garantir a segurança de tudo. Aliás, isso vale também para serviços públicos, mas com algumas particularidades.
Por que tantas empresas de fora da Europa estão preocupadas?
Simples: porque, como explicado acima, a lei vale para qualquer marca que atue na Europa. Não importa se a empresa tem só um escritório no continente e se os dados são processados em servidores na Tailândia ou no Chile: se as informações são de cidadãos europeus, ela terá que seguir a GDPR se quiser continuar atuando no território sem sofrer punições.
Para facilitar, muitas empresas optaram por aplicar a lei em todo o mundo, sem se restringir aos cidadãos europeus. Assim, os direitos garantidos no continente – como acesso fácil aos dados que as companhias têm sobre você – foram estendidos aos usuários.
E por que estou recebendo tantos e-mails sobre políticas de privacidade?
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