Ataques a ônibus e prédios públicos e privados ocorrem desde a noite de quarta-feira (2), em um total de 48 crimes. Quarenta e cinco pessoas foram detidas e três pessoas se feriram desde o início da onda de violência. Moro autorizou envio da Força Nacional para o Ceará.
Cidades da Grande Fortaleza e interior do Ceará registraram mais uma noite e uma madrugada de ataques. Uma prefeitura, agências bancárias e delegacias foram os alvos de ataques incendiários na madrugada desta sexta-feira (4). Desde a noite de quarta-feira (2), ocorreram 48 ataques em Fortaleza, Tinguá, Pacatuba, Horizonte, Maracanaú, Caucaia, Pindoretama, Eusébio, Morada Nova, Jaguaruana, Canindé, Piquet Carneiro, Morrinhos, Aracoiaba e Baturité. Apenas 30% dos ônibus de Fortaleza circulam nesta sexta, sob escolta policial.
Desde o início dos ataques, 13 ônibus foram incendiados, tiros foram disparados contra prédios e bancos, e artefatos caseiros incendiários foram arremessados contra delegacias. Uma bomba foi colocada na coluna de um viaduto na BR-020, em Caucaia, e corre risco de desabar. Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, 45 suspeitos foram detidos desde quarta-feira, entre adultos e adolescentes. Um casal de idosos e um motorista ficaram feridos até o momento.
A Secretaria de Segurança do Ceará não informou a motivação dos crimes. O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, Cláudio Justa, acredita que os atentados são represália à fala do novo secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, que foi nomeado para o cargo neste ano.
O novo secretário afirmou que "o Estado não deve reconhecer facção" em presídio e fará fiscalização rigorosa para evitar a entrada de celular nas unidades prisionais. Luís Mauro Albuquerque ainda se posicionou contra a separação de detentos por facção criminosa nas unidades prisionais do Estado.
No ataque ao prédio da Caixa da Pajuçara, na madrugada desta sexta, um grupo invadiu a agência com um carro, quebrou as vidraças e em seguida incendiou o local. Os suspeitos estavam acompanhados de um grupo que deu apoio à fuga, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Ainda durante a madrugada desta sexta-feira, o Palácio Municipal da Prefeitura de Maracanaú também foi atacado. Uma das salas no térreo, que estava em reforma, foi incendiada. A ação não resultou em vítimas e o fogo foi controlado logo em seguida.
Envio da Força Nacional
Diante dos ataques, o governador do Ceará Camilo Santana (PT) solicitou, na quinta-feira, o apoio da Força Nacional ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O ministro assinou nesta sexta-feira a autorização para o uso da Força Nacional no Ceará, por 30 dias.
Cronologia dos ataques
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Ceará tem segunda madrugada seguida de ataques |
Desde o início dos ataques, 13 ônibus foram incendiados, tiros foram disparados contra prédios e bancos, e artefatos caseiros incendiários foram arremessados contra delegacias. Uma bomba foi colocada na coluna de um viaduto na BR-020, em Caucaia, e corre risco de desabar. Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, 45 suspeitos foram detidos desde quarta-feira, entre adultos e adolescentes. Um casal de idosos e um motorista ficaram feridos até o momento.
A Secretaria de Segurança do Ceará não informou a motivação dos crimes. O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, Cláudio Justa, acredita que os atentados são represália à fala do novo secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, que foi nomeado para o cargo neste ano.
Ônibus em Fortaleza circulam com escolta policial para evitar novos ataques — Foto: José Leomar/Diário do Nordeste |
No ataque ao prédio da Caixa da Pajuçara, na madrugada desta sexta, um grupo invadiu a agência com um carro, quebrou as vidraças e em seguida incendiou o local. Os suspeitos estavam acompanhados de um grupo que deu apoio à fuga, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Ônibus incendiado na madrugada desta sexta-feira (4) em Fortaleza — Foto: José Leomar/SVM |
Envio da Força Nacional
Diante dos ataques, o governador do Ceará Camilo Santana (PT) solicitou, na quinta-feira, o apoio da Força Nacional ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O ministro assinou nesta sexta-feira a autorização para o uso da Força Nacional no Ceará, por 30 dias.
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