DJ e beatmaker que está por trás de números exorbitantes em músicas de sucesso de vários gêneros, comenta início da carreira, comemora ascensão e fala de planos para o futuro
Rio - Você pode nunca ter ouvido falar de Papatinho, mas ele está por trás de alguns grandes sucessos recentes da música brasileira. Aos 32 anos, Tiago da Cal Alves, é produtor, DJ e beatmaker e responsável por números exorbitantes nas plataformas digitais — somados, as faixas reproduzidas somente no Youtube e no Spotify, por exemplo, passam a marca do meio bilhão. Uma de suas recentes produções, o funk 'Onda diferente', gravado pela cantora Anitta no disco Kisses, já atingiu 21 milhões de audições e o clipe supera 49 milhões de visualizações.
Autodidata, Tiago começou a carreira em 2006 no grupo de rap ConeCrewDiretoria, atualmente em hiato, que fez grande sucesso entre o fim dos anos 2000 e o início desta década. O sample de 'I put a spell on you', jazz de Nina Simone em 'Chama os mulekes', chamou a atenção da cena e foi o verdadeiro ponto de partida. De lá para cá, ele aperfeiçoou estudos, fundou uma gravadora, lançou um EP, oficializou eventos próprios e diz estar só começando.
Neste sábado, o produtor toca na Barra da Tijuca, no evento 'Baile do Papato', em companhia de amigos e artistas que já produziu ou produz. Em entrevista ao DIA, Papatinho comentou o início de sua trajetória musical, o recente apego pelo ofício de produtor, o trabalho com artistas variadas e a expansão do trabalho para outros países. Apelidado de 'Rei dos Beats' pelos fãs, ele avisa: "Quero conquistar um público mais amplo".
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Papatinho: produtor hoje é um dos nomes mais requisitados por artistas de gêneros musicais diferentes Sidney Júnior / Divulgação |
Autodidata, Tiago começou a carreira em 2006 no grupo de rap ConeCrewDiretoria, atualmente em hiato, que fez grande sucesso entre o fim dos anos 2000 e o início desta década. O sample de 'I put a spell on you', jazz de Nina Simone em 'Chama os mulekes', chamou a atenção da cena e foi o verdadeiro ponto de partida. De lá para cá, ele aperfeiçoou estudos, fundou uma gravadora, lançou um EP, oficializou eventos próprios e diz estar só começando.
Neste sábado, o produtor toca na Barra da Tijuca, no evento 'Baile do Papato', em companhia de amigos e artistas que já produziu ou produz. Em entrevista ao DIA, Papatinho comentou o início de sua trajetória musical, o recente apego pelo ofício de produtor, o trabalho com artistas variadas e a expansão do trabalho para outros países. Apelidado de 'Rei dos Beats' pelos fãs, ele avisa: "Quero conquistar um público mais amplo".
O DIA - Como você começou na música?
Papatinho: Eu entrei na música por acaso. Sempre tive muito contato com a música em si, ouvia bastante coisa e, quando o MP3 apareceu, isso lá em 2000, eu logo arrumei um gravador e comecei a fazer CDs piratas para distribuir no colégio. Ninguém da minha família toca algum instrumento ou canta e nem eu tinha nenhum instrumento. Então, com a chegada da tecnologia, eu fiquei curioso para baixar arquivos e vendia CDs personalizados. Em pouco tempo, virei 'o cara' da música (risos). Comecei a investir nesse processo, testando faixas em programas de áudio, fazendo edições, tudo no modo curioso mesmo. Naquela época era incomum ter muita música no computador.
Em certo momento comprei um CD de timbres que tinha umas 100 faixas e pensei: 'caramba, tem de tudo aqui, uns beats (batidas) muito bons'. E no meio disso tudo não tinha tutoriais no Youtube para você aprender a fazer as coisas. Ao mesmo tempo, meus amigos de infância começaram a escrever raps em 2005. O Cert (do ConeCrewDiretoria) veio e disse que precisava fazer um rap e que tinha que fazer uma batidas. E aí comecei de autodidata e fui fuçando até fazermos nosso primeiro som. Fiquei viciado, parecia superpoder (risos). Comecei a tocar teclado, comprar equipamento e, dessa maneira, fui evoluindo.
De onde vem seu apelido?
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