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sábado, 28 de setembro de 2019

Município paraense implementa projeto de prevenção da raiva

Doença é transmitida por morcegos e pode ser evitada com vacinação
Divulgação/governo do estado de Santa Catarin
O município paraense de Portel, a 270 quilômetros de Belém, foi escolhido para a implementação de projeto-piloto de vacinação contra a raiva, doença transmitida por morcegos. Ao todo, 2.500 ribeirinhos, entre crianças e adultos, foram beneficiados pela iniciativa, implementada neste mês pelos governos federal, estadual e municipal e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

A ação mobilizou 50 profissionais, que cobriram toda a área adjacente ao Rio Pacajá e afluentes. Os municipios de Melgaço e Breves, vizinhos de Portel, também integram o projeto.

Um levantamento da Secretaria de Saúde Pública do Pará informa que, em Melgaço, nove crianças e um adulto morreram em decorrência da doença. Nesta localidade, foram registrados no ano passado os últimos casos de raiva no Brasil.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, de 2010 a 2018, ocorreram 36 casos de raiva humana em todo o país e que, em 2014, não houve notificações. Nos anos de 2017 e 2018, foram registrados 17 casos, dos quais 16 incluíram agressões de morcegos.

De acordo com o ministério, em 2019, foi registrada somente uma ocorrência em Gravatal, Santa Catarina, e esse caso teve o gato como animal transmissor, mas com variante de morcego. Em mensagem enviada à Agência Brasil, a pasta comunica que pretende replicar o projeto de Portel em municípios do Amazonas em 2020.

Segundo a Opas, nas Américas, apenas dois países reportaram casos de morte de pessoas por raiva nos últimos 12 meses: Haiti e República Dominicana. Desde a década de 1980, houve redução de mais de 95% na incidência da doença no continente americano.

Doença evitável

O coordenador de Zoonoses do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da Opas, Julio Pompei, explica que o máximo que se pode fazer é eliminar determinados ciclos de transmissão, considerando que o vírus rábico é inerente a animais silvestres, como os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue). Logo, a interrupção se torna possível somente em casos de raiva transmitida de outros mamíferos para os humanos.

Ele ressalta que se trata de uma doença evitável, cuja prevenção pode ser feita por meio da vacina antirrábica, e considera "imoral que pessoas morram pela raiva ainda hoje."

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