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sábado, 28 de setembro de 2019

Participação de pais na vida escolar melhora desempenho dos filhos

Dados são da plataforma educacional Mapa da Aprendizagem
Sumaia Vilela / Agência Brasil
De segunda a sexta, a dentista Laudicéia Magalhães, acompanha a filha, Clarice, 16 anos, até a escola. São oito minutos do local onde moram até a Escola de Referência em Ensino Médio Aura Sampaio Parente Muniz, em Salgueiro (PE). “Eu não abro mão de acordar mais cedo, mesmo quando durmo tarde, para deixar ela na escola. No caminho, conversamos, pergunto como estão as coisas, desejo boa prova, se ela for fazer algum exame”.

Gestos como este podem ajudar as crianças e adolescentes a terem um melhor desempenho escolar, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), exame internacional que avalia estudantes de 15 anos de cerca de 70 países, disponíveis na plataforma de dados educacionais Mapa da Aprendizagem.

A plataforma reúne os dados coletados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no Pisa 2015, que é a última edição com os resultados disponíveis. Nesse ano, o enfoque foi em ciências

Entre os estudantes que disseram que os pais se interessam muito pela vida escolar, a média de desempenho em ciências foi 414,08 pontos. Já entre aqueles cujos pais não mostram interesse na escola, a média foi 357,19. A diferença equivale a quase dois anos de estudos entre os dois grupos.

Clarice, que está no 2º ano do ensino médio, é a caçula de três filhos. Além de levá-la para a escola, as duas sempre almoçam juntas. Em casa, cada um dos filhos têm uma prateleira para os livros e materiais didáticos e tem um espaço para estudar. “Mostro para eles que realizar o que eles sonham só depende deles, não depende nem de mim, nem do pai. Se querem ter um carro bom, que estudem, que um dia terão. Se querem uma casa boa, estudem, que vão conseguir. O caminho é esse”, diz Laudicéia. 

Participação dos pais

No Brasil, 50,2% dos estudantes dizem que os pais têm interesse pelas atividades escolares. A porcentagem coloca o país na 24ª posição em um ranking de 49 países com o dado disponível. A média dos países da OCDE é 48,07%. Os dados brasileiros apontam que há diferença entre aqueles com maior nível socioeconômico, grupo no qual 63,2% dos estudantes relatam a participação dos pais, e aqueles com menor nível socioeconômico, com 46%.

“Pais que participam geram um ambiente de valorização da educação que é super necessário para o jovem se engajar”, diz o diretor executivo do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins Faria.
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