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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O que sabemos sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na educação?

CANAL DO ENSINOOlá, leitor(a)! 

Desde março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 ganhou proporções expressivas ao redor do mundo, a sociedade enfrenta importantes desafios em todas as esferas. A educação, por sua vez, foi um dos campos mais afetados. No Brasil, as consequências da disseminação do vírus aprofundaram problemas já existentes no campo educacional e trouxeram novas questões a serem solucionadas. 

Cenário educacional brasileiro pré-pandêmico

Antes da pandemia de Covid-19, a educação no Brasil não estava em situação emergencial, mas ainda possuía abismos significativos. De acordo com o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil, divulgado em abril de 2021 pelo UNICEF (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância), de 2016 a 2019, o número de alunos(as) fora da escola no Brasil foi de 3,9% para 2,7%. 

Entretanto, em 2019, havia cerca de 1,1 milhão de estudantes em idade escolar fora das instituições de ensino, a maior parte (629 mil) na faixa de 15 a 17 anos. Essa situação era mais expressiva entre grupos vulneráveis. Por exemplo, os números mais altos de crianças e jovens fora da escola estavam nas regiões Norte (4,3%) e Centro-Oeste (3,5%). 

A exclusão também era mais intensa em locais rurais e atingia principalmente estudantes pretos(as), pardos(as) e indígenas (71,3%) e estudantes com menos recursos financeiros, já que quase 62% dos(as) alunos(as) fora da escola em 2019 viviam em famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo. Até então, os motivos de evasão incluíam falta de vagas para algumas faixas etárias, falta de conexão com o aprendizado, trabalho e gravidez na adolescência. 

Os impactos da pandemia na educação

Esses abismos foram agravados pela pandemia de Covid-19. Segundo o relatório do UNICEFem novembro de 2020, mais de 5 milhões de alunos(as) brasileiros(as) não tinham acesso à educação, número que remete aos índices do começo dos anos 2000. Dessa quantidade, cerca de 1,5 milhão não frequentava a escola; outros 3,7 milhões estavam matriculados(as), mas não puderam usufruir do conteúdo.  

A exclusão escolar também revelou desigualdades regionais e socioeconômicas. Com a Covid-19, as regiões Norte (28,4%) e Nordeste (18,3%) mostraram os maiores percentuais de estudantes sem acesso à educação. Ademais, alunos(as) pretos(as), pardos(as) e indígenas corresponderam a 69,3% do total de crianças e adolescentes excluídos(as) da educação. 

Além disso, 40% dos 5 milhões de estudantes que tiveram o direito ao ensino e ao aprendizado negado estavam entre 6 e 10 anos, faixa etária na qual a educação era quase universal no país antes da Covid-19. Com isso, o estudo estima que a pandemia pode gerar uma regressão de 20 anos na educação brasileira. 

Para Olavo Nogueira Filho, diretor executivo da organização sem fins lucrativos Todos Pela Educação, focada em garantir o acesso universal à educação básica de qualidade, ainda não é possível medir com precisão os impactos duradouros da pandemia na educação, mas as consequências de outras calamidades podem ser usadas para levantar hipóteses. 

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