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segunda-feira, 4 de março de 2013

Pague suas contas pelo celular


CARTEIRA ELETRÔNICA

Pague suas contas pelo celular


Seja via SMS ou através de aplicativos, os smartphones começam a substituir até as carteiras

O constrangimento de acenar para pagar a conta no restaurante e não ser visto pelo garçom pode estar no fim. O trabalho de ter de passar cada produto na leitora de códigos de barras no supermercado também. O Brasil está entrando, ainda que lentamente, no círculo dos países adeptos do "mobile payment" e do "m-commerce", ou seja, o comércio e o pagamento eletrônico via dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones.

Via aplicativo, SMS ou NFC, os smartphones tornam mais práticos os pagamentos

De acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (www.camara-e.net), as vendas através desses dispositivos duplicaram em 2012 (de 5% para 10%). Liderando o segmento, estão os iPads, com 51% do mercado; o iPhone chega em segundo, com 20%; e os outros smartphones representam os outros 29%.

Nacionalmente falando, a tendência é que o m-commerce ganhe força, com a ascensão do nível de consumo da classe média e das vendas de smartphones, além da curiosidade por novas tecnologias. "O brasileiro está muito mais conectado", afirma Felipe Lessa, sócio-diretor de marketing da Pagtel, empresa especializada em pagamentos por celular. Para ele, um dos pontos mais importantes para que o m-payment decole no Brasil é a regulamentação do setor, proposta pelo projeto de lei nº 635/2011. Elaborado por técnicos do Ministério das Comunicações e do Banco Central, o texto busca especificar o que pode ser feito nas transações, além de outros serviços que podem vir a ser oferecidos, como empréstimos ou seguros.

Aparelho celular equipado com a tecnologia NFC se comunica com a máquina, sem fios e por aproximação, e substitui o cartão de crédito na hora do pagamento

A ferramenta de pagamento móvel é uma medida também de inclusão financeira em um país onde um terço da população (36%) ainda carece de serviços bancários. Em um universo de 262,26 milhões de linhas móveis - segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) -, das quais 52,5 milhões dispõem de conexão 3G (20% do total), a ideia é popularizar e baratear pequenos pagamentos e compras.

São muitas as soluções que já estão presentes nos aparelhos atualmente no mercado que facilitam a vida do usuário na hora de realizar pagamentos. A mais promissora é a NFC (Near Field Communications, que significa "comunicação em campos próximos"). Em cidades da Itália ou do Japão, esse serviço já permite que o usuário saia de casa sem carteira e realize compras mais comuns, como um cafezinho ou o ticket do metrô, via smartphone. O sistema faz a troca segura de informações, sem uso de fios, entre receptores, sejam eles telefones inteligentes ou leitores de códigos de barra. Basta aproximar o aparelho de um terminal compatível e fazer a transação.

No Brasil, um dos empecilhos para a popularização desse serviço é o alto custo dos smartphones que dispõem da tecnologia NFC. Aparelhos como Samsung Galaxy S II (R$ 1.299), Sony Xperia S (R$ 1.299) ou Motorola Razr i (R$ 1.159) ainda estão além do "acessível" para a população em geral.

A solução mais experimentada por aqui tem sido via mensagens SMS. O vendedor digita em sua máquina o número do telefone do cliente e o valor da compra. Em seguida, o usuário recebe a mensagem, solicitando a confirmação do pedido, digita uma senha e, então, chega outra SMS confirmando a transação. Para isso, é necessário cadastrar um cartão de crédito ou se registrar em sites de pagamentos seguros, como o PayPal.

O lado bom dessa aplicação é que todo celular é capaz de enviar SMS. O problema está na capacidade das operadoras em entregar as mensagens em tempo hábil para concluir a operação. Afinal, quantas vezes você já mandou SMS e ela só chegou horas depois ao destinatário?

As compras também podem ser efetuadas nos smartphones através de aplicativos. Em geral, o usuário registra no próprio app alguns dados pessoais, como número do cartão e CPF, que gera uma senha para ser informada em cada transação.

No Brasil, o pagamento de contas em casas noturnas e bares através de aplicativos já é possível em pelo menos quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. O Snappin, disponível para aparelhos com sistema Android e iOS, é bem simples de ser usado. O usuário baixa o aplicativo e se cadastra, podendo registrar até três números de cartões de crédito. Ao visitar um estabelecimento filiado ao app, faz o check-in e automaticamente a casa associa uma comanda de consumo ao smartphone. O cliente pode consumir normalmente durante toda noite, acessando sempre que quiser a conta e também recebendo ofertas. Quando quiser ir embora, basta pagar o que consumiu pelo próprio celular, retirar o cupom para saída e imediatamente ser liberado.

Papel das operadoras

As companhias telefônicas também lançam algumas iniciativas no ramo do pagamento móvel. A operadora Vivo e a empresa PayPal, por exemplo, são parceiros para recargas de linhas de celular pré-pagas e pagamentos estimados em até R$ 200 sem necessidade de conexão à internet. Para isso, basta o cliente ser cadastrado no serviço de pagamento PayPal e ter um cartão de crédito disponível, além do celular da operadora.

Já a iniciativa Oi Paggo lança um cartão de crédito da operadora Oi, que pode ser utilizado manualmente ou registrado junto ao celular. As compras são autorizadas diretamente do aparelho no momento em que o cliente digita a senha do cartão, cuja tecnologia GSM do chip é a mesma para o chip do aparelho. Esse serviço só é aceito em máquinas da Cielo. Outra união, dessa vez entre Caixa Econômica Federal, MasterCard e TIM, pretende possibilitar compras e transações financeiras pelo celular ou cartão associado ao telefone através uma conta pré-paga virtual. A plataforma deverá estar disponível a partir do segundo semestre de 2013.

Companhias criam soluções
Não são apenas as operadoras de telefonia, bancos e empresas ligadas ao comércio eletrônico que estão de olho na popularização do aparelho celular como um meio de pagamento. Companhias como o Google, Apple e Samsung já deram o pontapé inicial no sentido de oferecer serviços de pagamento móvel (m-payment).

Smartphone com a solução Google Wallet, com tecnologia de pagamento via tecnologia NFC, presente nos aparelhos mais modernos

No Mobile World Congress, evento realizado em Barcelona (Espanha) na última semana, a Samsung apresentou o seu novo aplicativo "Wallet". A novidade é semelhante ao "Passbook", iniciativa já lançada pela Apple. Os dois serviços permitem ao usuário guardar e centralizar em um só local seus tickets, cartões de embarque e cupons. O próprio aplicativo tem recurso para, baseado na localização do usuário, avisá-lo quando pode utilizar em determinada loja um cupom ou cartão através desta tecnologia móvel. Assim, os usuários podem abrir o aplicativo e apresentar seus cupons com código de barras na tela do smartphone, que pode ser escaneada nos terminais de pagamento presentes nos estabelecimentos.

O Google quer popularizar o seu recurso Google Wallet. Trata-se de uma aplicação gratuita para telefones com o sistema Android que transforma o smartphone numa carteira virtual. Com ele, o usuário pode fazer pagamentos utilizando versões virtuais dos seus cartões de crédito, cartões de pontos, vales de oferta e promoções. Para efetuar pagamentos rapidamente em lojas físicas que aceitem o Google Wallet, basta acionar o smartphone no ponto de venda.

iPhone sem NFC

O serviço Wallet do Google tira proveito da tecnologia NFC para possibilitar o pagamento móvel. A solução da Samsung também caminha neste sentido. Já o Passbook da Apple ainda não oferece a opção de pagamento - o iPhone não conta com o recurso NFC.

No caso do Google, todo o serviço é sincronizado para a nuvem - disponibilizando ao usuário uma carteira de pagamento em qualquer aparelho que utilizar para compras em lojas físicas ou online. O usuário pode acessar o serviço instalando a aplicação no telefone ou utilizando o Google Wallet online.

Há rumores também de que o serviço do Google estará disponível atrelado a um cartão físico. O cartão funcionaria normalmente com crédito e débito, mas poderia concentrar dados de todos os demais cartões do usuário. Assim, o usuário poderia levar consigo apenas um cartão e, na hora da compra, usar as informações cadastradas nele. 

FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1238293

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