PROCURANDO POR ALGO?

sábado, 6 de abril de 2013

GALILEIA


Memorial das Ligas Camponesas do Brasil Francisco Julião
Agassiz Almeida: Os condenados da Terra deram um grito de libertação; nós não seremos mais escravos de ninguém.



Com a participação de várias entidades defensoras dos direitos humanos, destacadamente o MST, Fetape, Comissão Pastoral da Terra, Grupo Tortura Nunca Mais, Associação dos Anistiados Políticos, Centro de Direitos Humanos do Ministério Público, Centro de Direitos Humanos de Pernambuco, e de personalidades históricas que vivenciaram as lutas camponesas e resistiram à Ditadura Militar, por eles próprios ou por seus representantes,  dentre os quais, Francisco Julião, Agassiz Almeida, Gregório Bezerra, Clodomir Moraes, Edval Cajá, Abelardo da Hora, Zito da Galileia, foi instalado recentemente nas terras do antigo engenho da Galileia, Vitória de Santo Antão-PE, o Memorial das Ligas Camponesas do Brasil Francisco Julião.
Abriu o histórico acontecimento, assistido por centenas de camponeses, o leader comunitário Zito da Galileia, neto de Zezé da Galileia, um dos fundadores, em 1955, da primeira liga camponesa do Brasil, denominada Sociedade Agrícola e Pecuária de Pernambuco. Logo após, discursou o pe. Tiago, que acentuou  o trabalho da Comissão Pastoral da Terra em defesa dos camponeses, desde o arcebispado de Dom Hélder Câmara, em Pernambuco.
Agradecendo as homenagens ao seu pai, com a denominação daquele Memorial com o nome de Francisco Julião, destacou Anacleto Julião: Os camponeses do Brasil sofreram sempre desde a colonização brutal opressão e exploração amargando  no curso dos séculos um total abandono  dos poderes públicos. Este Memorial, que ora inauguramos, representa, sem dúvida, um reconhecimento histórico a todos os que lutaram ao lado dos camponeses.
Com a palavra o sociólogo Edval Cajá: É preciso que a Comissão da Verdade, Memória e Justiça alcance nos seus trabalhos os crimes brutais que sofreram os camponeses durante a ditadura militar.
Por fim, usou da palavra o escritor e ex-deputado constituinte Agassiz Almeida: 58 anos nos separam do dia 1° de janeiro de 1955, quando aqui, nesta região da Galileia, Francisco Julião, Clodomir Morais, Zezé da Galileia e um punhado de bravos camponeses  fundaram a primeira liga camponesa do Brasil.
Que história marcamos no curso destes anos? Que desafios enfrentamos? Atravessamos a sombria noite de 21 anos de ditadura militar quando muitos companheiros foram torturados, mortos e centenas deles desaparecidos.
                                 Onde estão os criminosos dos delitos de lesa humanidade? Estão por ai desfilando cinicamente e afrontosamente os seus  crimes monstruosos . Quantos camponeses foram  assassinados pela sanha do militarismo ? Mortos, eles deixaram os seus legados nas areias do tempo                                   Com a criação deste Memorial, prestamos um tributo a todos eles, que tombaram  no chão da história.
                                   Foi daqui, há 58 anos, desta  Galileia, que partiu o grito de libertação dos milhões de camponeses do Brasil.
                                   Foi daqui, que os camponeses bradaram ao mundo: Nós não seremos mais escravos de ninguém.
                                   Foi daqui, que um enorme grito ecoou: nós camponeses existimos e vamos para a luta.
                                   Os condenados da Terra, explorados por todos os tipos de latifúndio não viviam , vegetavam no eito da cana de açúcar, nas minas de cobre no Chile, e nos bananais do Caribe. Eles quebraram os grilhões da servidão, quando há mais de meio século fundaram a Liga Camponesa da Galileia.
                                    Olhemos para a saga destes condenados da Terra pelos séculos adentro, no Brasil. O que conquistaram? Um arremedo de reforma agrária em que se negociam nos balcões dos poderes públicos compras e transações de terras. Isto não é reforma agrária, mas negócio agrário.
                                    Acompanhei a trajetória de Francisco Julião como leader político, como um homem de letras e fui dele companheiro de cárcere quando juntos estivemos presos na 2° Cia de Guardas, em Recife.


..............................................................

Bom dia!!

Segue anexo  artigo.


Abraços,

Jorge Brito
Galileia.docGalileia.doc
1454K   Visualizar   Baixar  




.......................................................

Recebi por e-mail


Nenhum comentário:

ADICIONE AOS SEUS FAVORITOS

ADICIONE AOS SEUS FAVORITOS
AVISO IMPORTANTE!! Reconhecimento: Alguns textos e imagens contidas aqui neste Site são retiradas da internet, se por acaso você se deparar com algo que seja de sua autoria e não tiver seus créditos, entre em contato para que eu possa imediatamente retirar ou dar os devidos créditos. EMAIL: josenidelima@gmail.com ..... FAVOR INFORMAR O LINK