Criada no último sábado, a página no Facebook tem mais de 1.200 curtidas e uma caixa de mensagem cheia de situações irregulares na cidade
Criada no último sábado (9), a página “Rei do Camarote Fortaleza” já tem mais de 1.300 curtidas e uma caixa de mensagem lotada com situações irregulares na capital cearense, do Conjunto Ceará a Aldeota. De acordo com o empresário Valder Cantidio, um dos criadores da página, essa rapidez mostra que as pessoas estão cansadas e querem mudanças na sociedade.
Dois dias depois da publicação do famoso vídeo do Rei do Camarote, Valder e sua esposa viram um carro estacionado em cima de uma calçada na avenida Desembargador Moreira. Surgiu o comentário típico de cearense: “Só quer ser o rei do camarote”. Com essa associação, ele publicou a foto do carro no Facebook com uma coroa escondendo a placa do veículo.
A partir desse post, começaram a surgir mais brincadeiras com a mesma temática entre os amigos do empresário na rede social, até mesmo a de realizar um concurso para escolher o “Rei do Camarote Fortaleza”. Pronto, estava lançado o desafio!
Porém, não como forma de concurso, já que o objetivo agora era mostrar com humor o comportamento anti-cidadão pelas ruas da cidade. “Tentei mostrar que a culpa não é toda do governo, o cidadão também tem culpa da desordem urbana”, explica Valder, que agregou valor a uma simples brincadeira.
Além do Valder Cantidio, a página criativa conta com a colaboração de mais duas pessoas: o social media e advogado Emerson Damasceno, que ajudou na criação e divulgação, e uma amiga do empresário, que não quer ser identificada, que elaborou o visual e a padronização dos posts.
A popularidade da página surpreendeu o empresário, que chegou a pensar que a iniciativa não juntaria 100 pessoas. “A internet é completamente imprevisível. As fotos estão chegando na caixa de mensagem além da nossa capacidade de controlar”. Mesmo com a dificuldade devido a demanda e a falta de tempo, já que os três colaboradores da página são ocupados com seus respectivos trabalhos, a curadoria do conteúdo tem sido realizada aos poucos, mas de forma organizada.
Para serem publicadas, as fotos não podem deixar dúvidas de que representam uma atitude errada do cidadão, seja ela uma infração de trânsito ou uma ação considerada simples como jogar lixo na rua. “Nosso foco não é só no trânsito, mas em qualquer comportamento anti-cidadão, por exemplo, entulhos na calçada ou ocupação do espaço público por estabelecimentos privados”.
Ainda em debate entres os criadores, a decisão polêmica de mostrar a placa dos veículos ou não, segundo Valder, é uma exigência das pessoas que gostam das publicações. “Iniciamos não mostrando (placa dos carros), mas muita gente reclamou porque querem nem que seja uma multa moral”.
FONTE:
TRIBUNA DOC EARÁ
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