VANTAGENS
Como aliviar uma dívida mais cara
31.03.2014
As despesas podem pesar mais no bolso do consumidor de acordo com o juro cobrado em cada linha de crédito
Os juros salgados que sobem, ainda que marginalmente, a cada ajuste na taxa básica de juro, Selic, pelo Banco Central (BC), ardem no bolso do consumidor que precisa de um crédito. E o Comitê de Política Monetária (Copom) tem nova reunião, dias 1º e 2 de abril, em que é esperada nova elevação de 0,25 ponto porcentual na Selic.
A elevação da Selic puxa a alta dos juros em cadeia. Um dos segmentos mais sensíveis a esse realinhamento do juro é o crédito, em suas mais diversas modalidades. Pelas características próprias de cada uma, algumas linhas rodam com juros mais altos que outras.
Juros altos
Dados divulgados pelas entidades de pesquisa, após a última reunião do Copom, apontaram um juro médio de 10% ao mês para o cartão de crédito; de 8,80% ao mês para o cheque especial; e de 5,40% para o empréstimo pessoal. Quem espetou uma dívida de R$ 1 mil no cartão de crédito por estes dias temperada por um juro médio de 10% ao mês chegará ao cabo de 12 meses carregando uma dívida acumulada de cerca de R$ 4.570. O cálculo, do professor de matemática financeira José Dutra Vieira Sobrinho, inclui multa e juro mensais e considera a hipótese de que não tenha sido feito nenhum pagamento ao longo de um ano.
Um cliente de banco que pendurou uma dívida de R$ 1 mil no cheque especial por um juro médio de 8,80% ao ano e esqueceu a conta ao longo de 12 meses chegará ao fim desse período com saldo devedor acumulado em torno de R$ 2.910, valor que inclui também o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e imposto adicional.
Em um empréstimo pessoal de R$ 1 mil pelo prazo de um ano, em que o juro médio de 5% ao mês, IOF e demais encargos são calculados a cada mês sobre o valor da prestação mensal, o consumidor acumularia, pela soma das 12 prestações, um valor total de aproximadamente R$ 1.360 no fim do empréstimo de um ano.
Troca alivia bolso
Os valores deixam claro que a dívida pesa mais ou menos no bolso segundo o tamanho do juro cobrado em cada linha de crédito. Essa constatação remete à dica da troca vantajosa de uma dívida mais cara por outra mais barata. Um consumidor que descolasse R$ 1 mil em um empréstimo pessoal, com juro médio de 5% ao mês, pagaria R$ 1.360 no fim de 12 meses, enquanto em um cartão de crédito, com juro mensal de 10%, acumularia um saldo devedor de R$ 4.570 no mesmo período de um ano.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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