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segunda-feira, 17 de março de 2014

Evangelho do dia


Segunda-feira, 17 de Março de 2014.
Santo do dia: São Patrício, Bispo; Santo Agrícola de Châlon-sur-Saône, Bispo
Cor litúrgica: roxo
Evangelho de hoje: São Lucas 6, 36-38
Primeira leitura: Daniel 9, 4-10
Leitura da profecia de Daniel:

4“Eu te suplico, Senhor, Deus grande e terrível, que preservas a aliança e a benevolência aos que te amam e cumprem teus mandamentos; 5temos pecado, temos praticado a injustiça e a impiedade, temos sido rebeldes, afastando-nos de teus mandamentos e de tua lei; 6não temos prestado ouvidos a teus servos, os profetas, que, em teu nome, falaram a nossos reis e príncipes, a nossos antepassados e a todo povo do país. 7A ti, Senhor, convém a justiça; e a nós, hoje, resta-nos ter vergonha no rosto: seja ao homem de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo Israel, seja aos que moram perto e aos que moram longe, de todos os países, para onde os escorraçaste por causa das infidelidades cometidas contra ti. 8A nós, Senhor, resta-nos ter vergonha no rosto: a nossos reis e príncipes, e a nossos antepassados, pois que pecamos contra ti; 9mas a ti, Senhor, nosso Deus, cabe misericórdia e perdão, pois nos temos rebelado contra ti, 10e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, indicando-nos o caminho de sua lei, que nos propôs mediante seus servos, os profetas”.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 78 (79)

— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo.

R: O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas.

— Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

R: O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas.

— Até vós chegue o gemido dos cativos: libertai com vosso braço poderoso os que foram condenados a morrer! Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, celebraremos vosso nome para sempre, de geração em geração vos louvaremos.

R: O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6, 36-38

- Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
- Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6, 63.68)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia: Beato João Paulo II (1920-2005), Papa 
Encíclica «Dives in Misericordia» § 14 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso»
Jesus Cristo ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas é também chamado a «ter misericórdia» para com os demais. «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7) […]. O amor misericordioso, nas relações recíprocas entre os homens, nunca é um acto ou um processo unilateral. Mesmo nos casos em que tudo pareceria indicar que apenas uma parte oferece e dá, e a outra mais não faz do que aceitar e receber […], de facto, também aquele que dá é sempre beneficiado. […]

Neste sentido, Cristo crucificado é para nós o modelo, a inspiração e o incitamento mais nobre. Baseando-nos neste impressionante modelo, podemos, com toda a humildade, manifestar a misericórdia para com os outros, sabendo que Cristo a aceita como se tivesse sido praticada para com Ele próprio (Mt, 25,34ss). […] Ela é realmente um acto de amor misericordioso só quando, ao praticá-la, estivermos profundamente convencidos de que ao mesmo tempo nós a estamos a receber, da parte daqueles que a recebem de nós. Se faltar esta bilateralidade e reciprocidade, as nossas acções não são ainda autênticos actos de misericórdia. Não se realizou ainda plenamente em nós a conversão, cujo caminho nos foi ensinado por Cristo com palavras e exemplos, até à Cruz, nem participamos ainda completamente da fonte magnífica do amor misericordioso que nos foi revelada por Ele. […]

A misericórdia autenticamente cristã é a mais perfeita encarnação da igualdade entre os homens e, por conseguinte, também a encarnação mais perfeita da justiça. […] Enquanto a igualdade introduzida mediante a justiça se limita ao campo dos bens objectivos e extrínsecos, o amor e a misericórdia fazem que os homens se encontrem uns com os outros naquele valor que é o próprio homem, com a dignidade que lhe é própria. A misericórdia torna-se, assim, elemento indispensável para dar forma às relações mútuas entre os homens, num espírito de profundo respeito […]. O amor misericordioso é sobretudo indispensável entre os que são mais próximos: os cônjuges, os pais e os filhos, os amigos; e é de igual modo indispensável na educação e na pastoral.
Copyright© Arautos do Evangelho 2011. Todos os direitos reservados.
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