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quinta-feira, 24 de julho de 2014

28 de julho - Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

28 de julho - Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

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Hepatite

© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
"A hepatite é uma doença caracterizada por uma inflamação do fígado. Pode apresentar diversas causas como as infecções por vírus, uso abusivo de álcool e certos medicamentos, de drogas, doenças hereditárias e auto-imunes. Entretanto, sabemos que as causas mais comuns são as virais. A hepatite pode ser classificada em aguda e crônica, sendo que essa última é representada por um processo inflamatório que dura mais de seis meses, porém a cronificação não ocorre em todos os casos."
Na maioria das vezes a doença apresenta poucos sintomas e, às vezes, só é diagnosticada em exames de rotina, ou durante a investigação de um quadro inespecífico. Poucos são os casos que evoluem para uma forma aguda grave, podendo levar à morte. A importância da cronificação da doença é o potencial para o desenvolvimento de cirrose hepática e, posteriormente, câncer de fígado.
Como já dito, são várias as causas de hepatite. Vamos repassar as mais importantes, lembrando que as infecções virais são as principais causas de hepatite, na maior parte do mundo.
• Hepatite por vírus A: esse vírus é eliminado nas fezes e seu modo de transmissão é chamado fecal-oral, ou seja, ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Por isso, essa forma de hepatite é bastante comum em países menos desenvolvidos e em locais com precárias condições de higiene e saneamento básico. Acomete principalmente crianças, na faixa etária entre dois e seis anos, mas qualquer indivíduo pode ter a doença, caso ainda não tenha tido. Devemos ressaltar que quando os sintomas aparecem, o vírus já está começando a desaparecer das fezes, isto é, a fase de maior transmissibilidade já está terminando. Mesmo assim, recomenda-se um período de isolamento (não ir à escola, creche, etc) de mais ou menos sete dias, a partir do início dos sintomas. Em raros casos pode evoluir de forma grave, com hepatite fulminante. Por isso, pode apresentar-se em surtos, epidemias. Uma característica de extrema importância: esse tipo de hepatite não se cronifica.
• Hepatite por vírus B: o modo de transmissão desse vírus é através do uso compartilhado de seringas e agulhas (entre usuários de drogas), relação sexual sem preservativo, acidentes pérfuro-cortantes (como durante cirurgias) e durante o parto, quando a mãe pode transmitir o vírus para o recém-nascido. Uma forma de transmissão comum no passado era a transfusão de sangue. Na forma aguda, pode evoluir mais frequentemente que a hepatite A com hepatite fulminante, podendo levar à morte. Apresenta importante taxa de cronificação da doença, pois o vírus fica latente no organismo, mesmo que o indivíduo não sinta sintomas. Assim, esse tipo de hepatite apresenta evolução para cirrose e também para câncer de fígado. O risco de cronificação depende da idade em que a pessoa foi infectada, de forma que em adultos, mais ou menos 10% evolui para a cronicidade, enquanto em recém-nascidos infectados durante o parto, essa taxa chega a 90%. Daí a importância do acompanhamento pré-natal e da vacinação.
• Hepatite por vírus C: o modo de transmissão é semelhante ao do vírus B, porém a transmissão durante o parto é bem menor. Antigamente era considerada a principal causa de hepatite transmitida por transfusão de sangue, mas atualmente existem exames bastante eficazes na realização de triagem das amostras em bancos de sangue, o que diminuiu a transmissão. Apresenta também potencial para desenvolvimento de formas crônicas.
• Hepatite por vírus D: o modo de transmissão é o mesmo do vírus B, e esse tipo de hepatite só ocorre em indivíduos infectados pelo vírus B, pois o vírus D precisa dele para poder multiplicar-se.
• Hepatite por vírus E: o modo de transmissão é o mesmo do vírus A. Ocorre em países menos desenvolvidos, em formas de epidemias. Em grávidas, pode levar mais comumente a formas graves.
• Hepatite alcoólica: relacionada ao uso abusivo de qualquer bebida alcoólica, sendo a quantidade necessária variável de pessoa para pessoa. Quanto maior o tempo de ingestão, maior o risco de hepatite e cirrose hepática.
• Hepatite medicamentosa: o desenvolvimento de hepatite pelo uso de medicamentos vai depender da dose utilizada e da suscetibilidade individual. Vários medicamentos de uso comum podem causar hepatite, como: paracetamol (o principal, especialmente na Inglaterra), eritromicina, tetraciclina, anabolizantes, amiodarona (usado para tratar arritmia cardíaca).
• Hepatite auto-imune: uma doença auto-imune é aquela na qual o sistema imunológico ataca células do próprio corpo, causando inflamação. Por que isso ocorre não se sabe.
• Outras: doenças hereditárias, como a hemocromatose (acúmulo de ferro no organismo), doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo); acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática) não relacionado ao álcool.
Nas hepatites virais, existe um período inicial sem sintomas (período de incubação), no qual o vírus está se multiplicando no organismo. Esse período é variável e, logo depois, começam a surgir os sintomas. Inicialmente, o paciente apresenta um quadro semelhante a uma gripe, com febre, náuseas e vômitos, mal-estar, dores no corpo, falta de apetite e desânimo. O paciente pode apresentar também dores nas juntas. O sintoma mais típico de hepatite é a chamada icterícia (amarelão, "tiriça"), caracterizada por coloração amarelada da pele, dos olhos e das mucosas. Ela pode se acompanhar de urina escura ("cor de coca-cola") e fezes descoradas. Porém, a icterícia não ocorre em todos os pacientes. Na maioria dos casos de hepatite viral aguda, o quadro é leve e resolve-se espontaneamente; mas em alguns casos pode apresentar gravidade, evoluindo com confusão mental e outros sintomas, caracterizando a hepatite fulminante. A hepatite C geralmente não apresenta fase aguda, e o indivíduo só descobre que é portador do vírus em exames de rotina.
As outras causas de hepatite apresentam quadros bastante específicos, muitas vezes parecidos aos de hepatite viral aguda acrescido de outros sintomas especiais. No caso da hepatite alcoólica, é evidente a história de alcoolismo crônico e pesado. A hepatite auto-imune é mais comum em mulheres e as pacientes podem apresentar comprometimento de outros órgãos, determinando sintomas variados. As doenças hereditárias são raras. Não é raro que essas formas não-virais de hepatite, e mesmo as virais, sejam descobertas apenas quando o fígado já está cronicamente acometido, algumas vezes já com cirrose hepática.
Na presença de sintomas característicos, o indivíduo deve procurar o médico. Durante a entrevista, o médico vai pesquisar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de algum tipo específico de hepatite. Devemos lembrar que o quadro muitas vezes é bastante inespecífico e, como em muitas vezes não ocorre icterícia, o diagnóstico pode ser confundido com outras doenças, como a gripe.
Geralmente, o diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais. Com eles, podemos investigar se há lesão do fígado, o tipo de vírus que possivelmente está causando a inflamação, se existe doença auto-imune. Em alguns casos de dúvida, o médico pode solicitar uma biopsia hepática, que consiste na retirada de um pedaço do fígado, com o uso de uma agulha introduzida através da pele após anestesia local. Esse fragmento é analisado por patologista, que pode sugerir a causa da doença.
O tratamento depende da causa da hepatite. Nas hepatites virais agudas, indica-se apenas repouso relativo (com restrição de atividades físicas), dieta balanceada e medicamentos para dor e febre, caso ocorram. Na hepatite viral crônica, existem alguns tratamentos específicos, indicados em alguns casos, que permitem a erradicação do vírus e redução do risco de cirrose e câncer.
Na hepatite auto-imune, utilizam-se medicamentos chamados corticóides, capazes de reduzir a inflamação. Nas hepatites alcoólica e medicamentosa, recomenda-se a suspensão do uso do agente causador. Nas doenças por acúmulo de ferro e cobre recomenda-se à restrição dietética e o uso de certos medicamentos que ajudam a reduzir o depósito desses metais.
Nos casos de hepatite fulminante, o tratamento é de suporte e, geralmente, o transplante hepático de urgência é necessário para a cura.
Existem várias medidas eficazes na prevenção da doença, como:
• Vacinação, no caso das hepatites por vírus A e B;
• Uso de água tratada ou fervida;
• Lavar bem legumes, frutas e verduras;
• Lavar bem as mãos após usar o toalete e antes de preparar os alimentos e de se alimentar;
• Não compartilhar seringas e agulhas;
• Uso de preservativo nas relações sexuais;
• Uso de material de proteção, por profissionais de saúde;
• Acompanhamento pré-natal para aconselhamento adequado e prevenção da transmissão;
• Evitar uso abusivo de álcool, medicamentos e drogas.
Copyright © 2012 Bibliomed, Inc.  Publicado em 23 de maio de 2011   Revisado em 23 de julho de 2012

FONTE:
http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4801/-1/hepatite.html?newsid=619&utm_source=boletim_BS_619&utm_medium=email&utm_campaign=artigo_hepatite

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