Domingo, 3 de Agosto de 2014.
Santo do dia: São Martinho, eremita Cor litúrgica: verde
Evangelho de hoje: São Mateus 14, 13-21
Primeira leitura: Isaías 55, 1-3 Leitura do livro do profeta Isaías:
Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi”.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 144 (145)
— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.
R: Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.
— Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam e vós lhes dais no tempo certo o alimento; vós abris a vossa mão prodigamente e saciais todo ser vivo com fartura.
R: Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.
— É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.
R: Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.
Segunda leitura: Romanos 8, 35.37-39 Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 35Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? 37Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! 38Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem as forças cósmicas, 39nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 14, 13-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia! - O homem não vive somente de pão, mas vive de toda palavra que sai da boca de Deus, e não só de pão. Amém. Aleluia, aleluia! (Mt 4, 4)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, 13quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” 16Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” 17Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18Jesus disse: “Trazei-os aqui”. 19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida, partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças”.
- Palavra da salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia: Santo Atanásio (295-373) Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja 24ª Carta para a festa da Páscoa
«Um lugar deserto, afastado»
Todos os santos tiveram de fugir da porta larga e do caminho espaçoso (Mt 7,13), vivendo a virtude em lugar deserto: Elias, Eliseu […], Jacob. […] O deserto é o abandono da agitação da vida, que proporciona ao homem a amizade com Deus. Abraão, quando saiu da terra dos caldeus, foi chamado «amigo de Deus» (Tg 2,23). Também o grande Moisés, quando saiu da terra do Egipto, […] falou com Deus face a face, foi salvo das mãos dos seus inimigos e atravessou o deserto. Todos eles são a imagem da saída das trevas para a luz admirável, e da subida para a cidade que está no céu (Heb 11,16), a prefiguração da verdadeira felicidade e da festa eterna.
Quanto a nós, temos connosco a realidade que foi anunciada por sombras e símbolos, isto é, a imagem do Pai, nosso Senhor Jesus Cristo (Col 2,17; 1,15). Se O recebermos como alimento em todos os momentos, e se marcarmos com o seu sangue as portas da nossa alma, seremos libertos dos trabalhos do Faraó e dos seus inspectores (Ex 12,7; 5,6ss). […] Agora, encontrámos o caminho para passar da terra ao céu. […] No passado, por intermédio de Moisés, o Senhor precedia os filhos de Israel numa coluna de fogo e numa espessa nuvem; agora, Ele próprio nos chama dizendo: «Se alguém tem sede, venha a Mim e beba; daquele que crê em Mim sairão rios de água viva, que jorra para a vida eterna» (Jo 7,37ss).
Portanto, que cada um se prepare com um desejo ardente de ir a esta festa; que escute o chamamento do Salvador, porque é Ele que nos consola a todos e a cada um em particular. Que aquele que tem fome venha a Ele: Ele é o verdadeiro pão (Jo 6,32). Que aquele que tem sede, venha a Ele: Ele é a fonte de água viva (Jo 4,10). Que o doente venha a Ele: Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que cura os doentes. Se alguém está sobrecarregado pelo peso do pecado e se arrepende, que se refugie a seus pés: Ele é o repouso e o porto de salvação. Que o pecador tenha confiança, porque Ele disse: «Vinde a Mim, vós todos que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei» (Mt 11,28).
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