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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Petrobras tenta blindar imagem após denúncias

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Petrobras tenta blindar imagem após denúncias

31.10.2014

Estatal realiza auditoria interna para averiguar casos de corrupção a fim de se proteger de punição do mercado

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Além de tentar afastar as suspeitas do Palácio do Planalto, as duas iniciativas buscam resgatar as perdas durante o período eleitoral - as ações da petroleira caíram mais de 20% em outubro
FOTO: FOLHAPRESS
Brasília. As mais recentes iniciativas da Petrobras de contratar uma auditoria externa e questionar o delator Paulo Roberto Costa sobre a eventual participação de outros membros da diretoria da estatal no esquema de corrupção desbaratado pela Operação Lava-Jato integram estratégia de objetivos econômicos e políticos. Além de tentar afastar as suspeitas do Palácio do Planalto, as duas iniciativas buscam resgatar as perdas durante o período eleitoral - as ações da petroleira caíram mais de 20% em outubro.
As medidas tiveram aval direto da presidente Dilma Rousseff (PT), que adotou discurso segundo o qual não ficará "pedra sobre pedra" após investigações do escândalo que afeta a empresa.
Logo na manhã da segunda-feira, 27, um dia depois de Dilma ser reeleita, a empresa enviou comunicado ao mercado financeiro enfatizando o seu papel de vítima nos casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa denunciados por Costa, ex-diretor de Abastecimento.

Para tentar mostrar "transparência" em sua atuação, contratou dois escritórios independentes de advocacia que irão auditar com autonomia as acusações. Ontem, três dias após o primeiro anúncio, tornou público os nomes dos escritórios contratados: o brasileiro Trench, Rossi e Watanabe Advogados e o americano Gibson, Dunn & Crutcher.
A companhia afirma ao mercado que continua investigando em comissões internas possíveis irregularidades em contratos firmados com fornecedores para a construção das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Comperj, no Rio de Janeiro, e nas condições de compra da refinaria texana Pasadena, alvo de processo no Tribunal de Contas da União. Até agora, nenhum resultado foi divulgado. Os dados foram encaminhados ao Ministério Público e à PF.
Com a mesma estratégia de mostrar ao mercado que o problema não é estrutural, mas sim localizado em antigos integrantes da direção da empresa, a Petrobras entrou com pedido na Justiça Federal do Paraná para que Costa responda a perguntas às suas comissões internas.
No questionário, a estatal requer que Costa esclareça o teor de reuniões com o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e o ex-diretor de Serviços Renato Duque realizadas entre o fim de 2005 e o começo de 2006 sobre Abreu e Lima. Uma das perguntas destinadas a Costa também indaga sobre a atuação do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró na assinatura de um acordo com a estatal de petróleo venezuelana PDVSA, relativo às obras da refinaria em Pernambuco.
O ex-diretor cumpre prisão domiciliar após fechar acordo de delação premiada com a PF e o acesso da Petrobras ao depoimentos depende autorização da Justiça.
Ontem, a defesa de Cerveró negou a participação dele na negociação entre a estatal brasileira e a venezuelana PDVSA. Segundos seus advogados, o ex-diretor já teria deixado a estatal em 2008, na época em que o projeto da refinaria foi definido.
A auditoria interna da Petrobras atende às exigências do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da entidade reguladora do mercado financeiro no país, a Securite and Exchange Comission (SEC). A estatal é listada na bolsa de valores americana e, desde que Costa começou a depor, as duas instituições investigam a estatal.
Foi exatamente para atender à lei anticorrupção americana, que foram contratados os dois escritórios de advocacia. Segundo a Lei das Sociedades Anônimas, diretores e conselheiros de empresas participantes do mercado financeiro devem agir com lealdade e diligência. O descumprimento da legislação pode ser punido pelos reguladores do mercado de capitais, tanto no Brasil quanto nos EUA.
Acordo
Como parte do acordo de delação premiada, Alberto Youssef deverá devolver aos cofres públicos R$ 55 milhões até o fim dos processos abertos contra ele.


FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

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