DOS QUASE 2.900 RECÉM FORMADOS EM MEDICINA NO ESTADO, 55% NÃO
PASSOU NA PROVA DO CREMESP
Pela legislação, para conseguir o registro do órgão, basta que o recém-formado participe do exame, independentemente do seu desempenho (Foto: Rafael Kage/EBC)
Dos 2.891 recém-formados em medicina no Estado de São Paulo, 55% foram reprovados no exame do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). O percentual é maior entre os que fizeram o curso em escolas privadas, 65%. Entre os formados em escolas públicas, 33% foram reprovados.
O índice de reprovação é levemente inferior ao do exame de 2013, quando 59% dos candidatos foram reprovados, mas ainda é considerado preocupante pelo conselho. Há três anos, a prova é obrigatória para quem pretende trabalhar com médico no estado. O registro, no entanto, não depende do desempenho no exame.
“É uma surpresa desagradável saber que os alunos saem da faculdade sem saber coisas básicas. E ao mesmo tempo nos dá uma sensação de impotência porque não podemos impedir que esse profissional incompetente exerça a profissão”, disse o presidente do Cremesp, Braulio Luna Filho.
A baixa qualidade da formação médica é a principal causa do desempenho ruim dos egressos. “As escolas nem sempre têm corpo docente qualificado, hospital escola, laboratórios, biblioteca”, diz Renato Azevedo, diretor primeiro-secretário do Cremesp.
As áreas de conhecimento com o maior número de erros foram clínica médica, ciências básicas e pediatria, exatamente as áreas que os novos médicos vão trabalhar quando saem da graduação
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