AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
FONTE:
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/vida/cada-paciente-reage-diferente-a-anestesia-1.1292274
Seja qual for o porte do procedimento (cirurgias e exames), os cuidados, antes e após a anestesia, devem ser semelhantes
Cada tipo de anestesia (geral, regional ou sedação) tem seus riscos e benefícios e cada paciente reage diferentemente à anestesia. É direito e dever do paciente (ou responsáveis), perguntar ao anestesiologista sobre o tipo de anestesia planejada, riscos e possíveis complicações.
O risco anestésico tem reduzido drasticamente nos últimos anos em função do preparo criterioso do paciente, do uso de equipamentos sistematicamente checados e da melhor qualidade das medicações utilizadas. No entanto, há problemas que podem estar relacionados ao estado de saúde do paciente, ou seja, de doenças pré-existentes (diabetes, problemas respiratórios, cardíacos e alergias), assim como e à complexidade da cirurgia ou exame diagnóstico.
Os efeitos indesejados após a anestesia podem ocorrer uma vez que cada paciente reage diferentemente ao ato anestésico. Assim, é possível ocorrer náuseas, dor localizada e relacionada à posição do paciente na mesa de cirurgia ou exame, dor de garganta após receber anestesia geral (devido à introdução de um tubo para garantir a respiração), dor nas costas ou de cabeça (após raquianestesia).
Avaliação prévia
Um dos efeitos mais relevantes da avaliação pré-anestésica eletiva é a redução do número de cirurgias canceladas, afirma a anestesiologista Josenília Maria Alves Gomes. Além do que, o acompanhamento é essencial para identificar os riscos anestésicos que o paciente possui e assim permitir uma intervenção eficaz durante a cirurgia.
Esse procedimento também identifica os pacientes que irão necessitar do aporte de técnicas especiais e/ou cuidados intensivos no pós-operatório, além de obter um banco de dados (exames prévios) para utilizar em decisões que porventura devam ser tomadas no decorrer da cirurgia.
A integrante da Liga de Anestesiologia e Dor (Liad) e aluna do 2° ano de Medicina da UFC, Bárbara Hellen Bastos, destaca a importância do contato direto com os pacientes, principalmente por agregar a prática ao aprendizado.
Diz que trabalhar com a promoção de um atendimento humanizado é o diferencial de um bom médico, já que este não deve se restringir a dominar as técnicas e conhecimentos, mas também assistir o indivíduo de forma integral (o alívio das dores e inseguranças inerentes à condição fragilizada de todo paciente).
Alívio e segurança
Diagnosticada com um cisto no pâncreas, Marlene Magalhães, 58, afirma ter se sentido mais segura e confiante para o procedimento cirúrgico. Segundo ela, em uma cirurgia feita há alguns anos, esse acompanhamento não ocorreu e, além disso, a anestesia não foi bem absorvida, o que acabou por gerar fortes dores no procedimento.
Após o episódio, Marlene ficou receosa quanto à administração da anestesia, mas o esclarecimento dos membros da Liad proporcionou o conforto e a segurança necessárias para uma boa cirurgia. "Sou de Amontada e tenho saudades de casa. Receber essa atenção no hospital é muito bom, é importante. Você está deprimido e vem alguém conversa e te conforta", comenta.
Bárbara Hellen explica que as informações fornecidas aos pacientes são didáticas e ilustradas em folders (distribuídos por ocasião das visitas), que servem como manuais em caso de dúvidas relativas aos processos cirúrgicos.
Segundo a Dra. Josenília Gomes, as complicações do pós-operatório vão desde dores a náuseas e vômitos. Dependendo do tipo de cirurgia, da idade do paciente e da gravidade também pode haver sangramento, perda de memória, alterações em padrões fisiológicos normais e outras.
Procedimentos
Anestesia geral: o paciente fica totalmente inconsciente e o corpo fica anestesiado por inteiro (sem qualquer percepção em relação à cirurgia ou ao exame);
Sedação: é um estado de alteração da consciência, induzido por sedativos, que apresenta diferentes níveis de intensidade, desde ficar acordado e tranquilo, até profundamente sonolento. Independente da intensidade da sedação, o paciente poderá receber medicações analgésicas ou anestesia no local da cirurgia;
Anestesia regional: para anestesiar a região a ser operada, o anestesiologista injeta o medicamento próximo a um nervo ou feixe de nervos. O paciente poderá receber um sedativo ou permanecer acordado durante o procedimento;
Raquianestesia (Raqui): em posição sentada ou deitada, o anestesiologista fará uma injeção local de anestésico na região lombar e introduzirá uma fina agulha profundamente até localizar o líquido cefalorraquidiano (onde a Medula espinhal é envolvida). Serão injetados de 2 a 4 ml de medicação anestésica, ocasionando a perda da sensibilidade dolorosa, do tato e dos movimentos das pernas;
Peridural: a técnica é similar, porém a agulha é introduzida mais superficialmente e o volume de anestésico é maior (entre 20 e 30 ml). A sensibilidade dolorosa e o movimento das pernas são abolidos e, frequentemente o tato é preservado;
Anestesia local: é feita injeção de anestésico na pele e nos tecidos próximos. É muito utilizada em procedimentos onde ocorra punção da pele com agulha (exames de angiografia, punções de nódulos sob ultrassonografia). Ao contrário das demais, é realizada pelo médico especialista em exames, podendo ser acompanhada de sedação.
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