Quarta-feira, 15 de Julho de 2015.
Santo do dia: São Boaventura, Bispo e Doutor da Igreja; Beata Ana Maria Javouhey, virgem Cor litúrgica: branco
Evangelho do dia: São Mateus 11, 25-27
Primeira leitura: Êxodo 3, 1-6.9-12Leitura do livro do Êxodo:
Naqueles dias: 1Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3'Vou aproximar-se desta visão extraordinária, para ver porque a sarça não se consome'. 4O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça, dizendo: 'Moisés! Moisés!' Ele respondeu: 'Aqui estou'. 5E Deus disse: 'Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa'. 6E acrescentou: 'Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus. 9E agora, o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi a opressão que os egípcios fazem pesar sobre eles. 10Mas vai, eu te envio ao Faraó, para que faças sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel'. 11E Moisés disse a Deus: 'Quem sou eu para ir ao Faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egito?' 12Deus lhe disse: 'Eu estarei contigo; e este será o sinal de que fui eu que te enviei: quando tiveres tirado do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta montanha'.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 102 (103)
- Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
- Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
- O Senhor realiza obras de justiça e garante o direito aos oprimidos; revelou os seus caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus grandes feitos.
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 11, 25-27
- Aleluia, Aleluia, Aleluia! - Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11, 25)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: 'Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
- Palavra da Salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Santo Hilário (c. 315-367) Bispo de Poitiers, Doutor da Igreja A Trindade 2, 6-7
«Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar»
O Pai é Aquele de quem vem tudo o que existe. Ele próprio, em Cristo e por Cristo, é a origem de tudo. Além disso, é em Si mesmo o seu ser, e não recebe de outro aquilo que é. […] Ele é infinito porque não está num sítio preciso, mas tudo está nele. […] É sempre antes do tempo, o tempo vem dele. Se o teu pensamento corre atrás dele e se crês ter alcançado os limites do seu ser, continuarás ainda assim a encontrá-Lo, pois enquanto avanças incessantemente até Ele, o alvo a que te diriges está sempre mais longe. […] Tal é a verdade do mistério de Deus, tal é a expressão da natureza incompreensível do Pai. […] Para O exprimir, as palavras só podem calar-se; para O sondar, o pensamento fica inerte; e para O alcançar, a inteligência sente-se limitada.
E no entanto, este nome, Pai, indica a sua natureza: Ele é só e completamente Pai. Porque não recebe de nenhum outro, à maneira dos homens, o facto de ser Pai. Ele é o Eterno Não-Gerado. […] É conhecido apenas pelo Filho, porque «ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar». Ambos Se conhecem um ao outro e esse conhecimento mútuo é perfeito. Por conseguinte, como «ninguém conhece o Pai senão o Filho», tenhamos do Pai somente pensamentos conformes ao que dele nos revelou o Filho, que é a única «testemunha fiel» (Ap 1,5).
Vale mais pensar no que diz respeito ao Pai do que falar acerca disso. Porque as palavras são todas impotentes para traduzir as suas perfeições. […] Apenas poderemos reconhecer a sua glória, ter dela uma certa ideia e procurar precisá-la com a nossa imaginação. Mas a linguagem do homem é a expressão da sua impotência e as palavras não explicam a realidade tal como ela é. […] Assim, ainda que tenhamos reconhecido Deus, temos de renunciar a nomeá-Lo: sejam quais forem as palavras empregues, não conseguem exprimir Deus tal como Ele é, nem traduzir a sua grandeza. […] Temos de acreditar nele, de procurar compreendê-Lo e de adorá-Lo; fazendo-o, estaremos a falar dele.
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