Saiba quem foi Sandro, ídolo popular argentino na linha de Sidney Magal, que durante muitos anos foi considerado brega e, depois, virou cult!
Foto do jornal La Nación |
A Argentina começou o ano de luto.
Todos os jornais trazem hoje na capa detalhes sobre a vida e obra de Sandro, cantor que morreu ontem, 45 dias após fazer um transplante duplo de coração e pulmões.
Sandro, também conhecido como El Gitano, foi uma figura e tanto, uma mescla de Sidney Magal com Roberto Carlos e Vando que lhe rendeu milhares de fãs.
Durante sua carreira gravou 52 discos, vendeu 8 milhões de cópias e participou em 16 filmes. Também vai entrar para a história por ter sido o primeiro latino americano a se apresentar no Madison Square Garden e protagonizado a primeira transmissão de show via satélite do mundo.
Aliás, toda a história dele é ótima. Para começar compôs “Tengo”, mega sucesso de Magal na versão em português. Tenho! Mil braços para abraçar-te. Mil bocas para beijar-te. Mil noites para viver...
O cantor começou nos anos 60, com a banda “Sandro y Los de Fuego”, que fazia covers do rock internacional, como Beatles, Elvis, Rolling Stones e Jerry Lee Lewis, mas em espanhol.
Em 1964, incendiou um programa de televisão chamado Sábados Circulares cantando e dançando com “movimentos pélvicos compulsivos”.
Foi um escândalo. Começou a ser chamado de “Elvis criollo”.
Deu uma guinada na carreira em 1967 e virou cantor de baladas românticas. Foi quando lançou músicas como “Rosa, Rosa”, que o consagrariam de vez. Manteve, claro, o estilo sedutor.
A mulherada já o seguia de perto, com gritos e desmaios. Aliás, as fanáticas de Sandro, também conhecidas como as “nenas de Sandro” (hoje todas com mais de 50 anos, é bom que se diga), são parte essencial na carreira do cantor.
Nos shows, jogavam roupas íntimas no palco e mantinham o clima de histeria total.
No final da década de 60, ele ganhou o Festival de Viña del Mar, no Chile, o que lhe abriu as portas do mercado latino.
Nascia “Sandro de América”, o homem que colocou 250 mil pessoas no Madison Square Garden, em Nova Iorque, e que entrou também para a seleta lista dos cantores que já lotaram o Maracanã.
O estrelado diminuiu nos anos 80, mas não o carinho do público.
Considerado brega durante muitos anos, mais tarde Sandro virou cult e recebeu homenagem massiva dos roqueiros e outros músicos, que gravaram um disco em seu tributo (Pode ser baixado no Taringa). O tributo teve a participação de León Gieco, Los Fabulosos Cadillacs e Divididos, para citar alguns. Depois, o cantor participou de um disco com Charly García e Pedro Aznar.
Em 1999, recebeu o Premio Carlos Gardel de Ouro e, em 2005, o Grammy Latino por sua trajetória.
Abaixo, duas gravações de Tengo, a original e a com Divididos.
FONTE: http://aquimequedo.com.br/2010/01/05/sandro/
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