JORNAL DO BRASIL
A falta de dinheiro, além de limitar atividades práticas, pode gerar problemas que passam pelos relacionamentos afetivos e até de baixa produtividade no trabalho. Para que o dinheiro seja aliado, fazer um planejamento financeiro é fundamental para se organizar, pois ele ajuda a visualizar o futuro e moldá-lo à maneira que julgar ser melhor para a própria vida.
O educador financeiro, com MBA pelo Ibmec, e idealizador do blog 'Quero Ficar Rico', Rafael Seabra, explica, em cinco passos, como fazer um planejamento financeiro pessoal equilibrado e capaz de mudar a vida de quem aceita o desafio.
Inicialmente, Seabra afirma que é necessário entender que a falta de educação financeira pode ser o principal responsável por boa parte dos problemas que as pessoas têm com a falta de dinheiro. “É fundamental refletir sobre hábitos financeiros, muito deles negativos, e crenças limitantes em relação ao dinheiro para poder mudar esse cenário”, explica o educador.
1 - Convencimento pessoal: compreender que é possível e preciso sair desse ciclo danoso às suas finanças e começar a acumular riqueza, na busca de realizar sonhos realmente genuínos. É necessário refletir sobre a importância do dinheiro em sua vida, quais são suas reais prioridades e se convencer de que uma mudança radical deve ser incorporada em seu modo de pensar e agir. Essa etapa bem elaborada dará a motivação necessária para manter-se focado no processo;
2 - Conhecimento financeiro: o gerenciamento financeiro depende, basicamente, de duas características: controle emocional e conhecimento técnico. O primeiro tem como papel de destaque a importância da disciplina no contexto das finanças pessoais. Já o conhecimento técnico está relacionado ao nível de informação que um indivíduo possui, possibilitando compreender quais variáveis impactam positiva e negativamente a construção de sua riqueza. O objetivo desta etapa é compreender a dinâmica do dinheiro e quais são as regras básicas para acumulação de riqueza;
Nas duas etapas anteriores, o foco era entender a importância da educação financeira e absorver conhecimentos técnicos que permitam compreender como conquistar a independência financeira. A partir da terceira etapa, o foco é aplicar concretamente o aprendizado adquirido.
3 - Definição de objetivos: o foco está em definir objetivos claros, dentro do processo de planejamento financeiro. Afinal, uma pessoa só aceitará abrir mão de satisfazer um desejo hoje, se houver uma recompensa ainda maior no futuro;
4 - Mudança de hábitos: o grau de instrução financeira de uma pessoa pode ser dividido em dois níveis: conhecimento e uso. O conhecimento é o conjunto de informações adquiridas ao longo da vida, que podem lhe auxiliar na tomada decisões financeiras. Já o uso significa a habilidade de colocar em prática os conhecimentos sobre finanças. Isso porque de nada adianta adquirir conhecimento, se ele nunca é implementado;
5 - Investimentos: as palavras poupar e investir, no linguajar popular, possuem significados muito semelhantes, apesar de, tecnicamente, haver diferença entre os termos. Poupar é o ato de juntar dinheiro através de uma restrição de consumo (gastar menos do que ganha). Investir é o ato de alocar parte da renda mensal em aplicações que visem remunerar o capital, assumindo seus respectivos riscos e permitindo conquistar objetivos de curto, médio e longo prazos.
O educador financeiro aponta é um grande erro as pessoas pensarem que porque ganham pouco não precisam se preocupar em ter um planejamento financeiro, bons hábitos financeiros e disciplina. “Qualquer pessoa, independente de quanto ganhe, precisa saber gerenciar o próprio dinheiro. É claro que quanto mais cedo se aprende isso, melhor, mas é importante saber que nunca é tarde para aprender e se planejar financeiramente. Ao organizar sua vida financeira, você conquista algo muito valioso: tranquilidade financeira. Isso impacta direta e positivamente na sua vida pessoal e profissional”, acredita Seabra.
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