
Precisamos diferenciar as emoções positivas que são produzidas pelo ego das emoções mais profundas que emanam do nosso estado natural de ligação com o Ser.
As emoções positivas geradas pelo ego já 
contêm seu próprio oposto no qual podem rapidamente se converter. Alguns
 exemplos: o que o ego chama de amor é possessividade e apego 
dependente, que podem se transformar em ódio em questão de segundos. A 
expectativa em relação a um acontecimento, que é a supervalorização do 
futuro por parte do ego, transforma-se no oposto – abatimento ou 
decepção – quando aquilo termina ou não satisfaz as expectativas do ego.
 Sermos elogiados e reconhecidos nos faz sentir vivos e felizes num dia,
 enquanto sermos criticados ou ignorados nos faz sentir rejeitados e 
infelizes no dia seguinte. O prazer de uma festa animada transforma-se 
em ressaca e em algo desinteressante na manhã seguinte. Não existe bom 
sem mau, nem alto sem baixo.
As emoções produzidas pelo ego decorrem 
da identificação da mente com fatores externos que são, é claro, 
instáveis e sujeitos a mudanças a qualquer momento.
As emoções mais profundas não são emoções
 de maneira nenhuma, e sim estados do Ser. Elas existem dentro do âmbito
 dos opostos. Os estados do Ser podem ser obscurecidos, porém não têm 
opostos. Eles emanam de dentro de nós, como o amor, a alegria e a paz, 
que são aspectos da nossa verdadeira natureza.
Eckhart Tolle
FONTE: Universo Natural
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