Bruno assinou com o Boa Esporte, onde fez apenas cinco partidas (Foto: Cristiane Mattos/AFP) |
Durou pouco o gostinho da liberdade para o goleiro Bruno. Menos de três meses após ser liberado, o atleta, que assinou contrato com o Boa Esporte, retornará à prisão. A medida liminar que soltou o jogador, concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, foi revogada pela Primeira Turma do Superior Tribunal Federal em votação realizada na tarde desta terça-feira (25), após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O pedido foi aceito por 3 votos a 1. Votaram a favor da revogação os ministros Alexandre Morais, Rosa Weber e Luiz Fux, enquanto o ministro Marco Aurélio Mello manteve o voto a favor. Com isso, Bruno será mandado de volta para a cadeia até que o processo seja julgado em Segunda Instância.
Segundo Janot, o pedido para que Bruno volte a ser preso se justifica porque o processo demorou para ser analisado em Segunda Instância, já que recursos apresentados pela própria defesa do atleta estariam adiando o julgamento. Além disso, o procurador-geral pediu que os ministros não deferissem o habeas corpus solicitado por Bruno, que está pronto para ser julgado definitivamente. O pedido para que o goleiro ficasse solto foi apresentado pela defesa e é contrário à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou liberdade a Bruno. Por isso, segundo ele, não cabe ao STF dar prosseguimento ao pedido.
O advogado Lúcio Adolfo, que representa Bruno, divulgou uma nota e se defendeu das acusações que a demora do processo foi culpa da defesa do atleta. Ele disse ainda que cumpriu todos os prazos previstos em lei. "Se não causa espanto ao procurador a demora de mais de quatro anos para não julgar uma apelação quando Bruno Fernandes estava preso, a este advogado causa espanto a subida aceleração quando ele foi solto", afirmou o advogado. "Não há motivos para prender o Bruno novamente. Ele está trabalhando de forma honesta, jogando sem problemas e não faz mal a ninguém. Quando ele estava preso, levaram quatro anos sem analisar o recurso, mas, depois que foi solto, resolveram acelerar as coisas", completou.
Bruno foi preso em 2010 e, em 2013, foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de sua ex-namorada Eliza Samudio. ALém disso, responde por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. O goleiro teve sua liberdade decretada em fevereiro deste ano e, em março, assinou com o Boa Esporte. A estreia dele pela equipe foi no dia 8 de abril. Até aqui, o jogador, que é titular da equipe mineira, já atuou em cinco partidas.
FONTE
Leia Também
Nenhum comentário:
Postar um comentário