A pesquisa foi realizada por cientistas canadenses
Considerado um "inimigo" da saúde, o sal pode não ser tão prejudicial como se imagina. Isso de acordo com um novo estudo que sugere que as campanhas contra esse nutriente são bem-vindas apenas em países com alto consumo de sódio, como China e Brasil. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão máxima de sal de 5 g por dia – o equivalente a 2 g de sódio –, para que seja evitado o aumento da pressão arterial, que, por sua vez, está associado a várias problemas, incluindo derrame. Nenhum país do mundo conseguiu, até hoje, baixar o consumo de sódio, afirmam os pesquisadores no artigo publicado no periódico médico Lancet.
O estudo, liderado pelo pesquisador Andrew Mente, professor do Instituto de Pesquisa em Saúde da População e da Universidade McMaster, ambos do Canadá, é amplo e envolve mais de 90 mil pessoas de 300 comunidades em 18 países.
Mente e seus colegas descobriram que os efeitos nocivos do sódio – como a elevação da pressão sanguínea – só ocorre em países como a China, onde o uso irrestrito de molho de soja (shoyu) leva ao consumo de sódio acima de 5 g por dia, ou o equivalente a 12 g de sal. Na investigação, foi verificado que níveis muito baixos de sal na dieta, de forma curiosa, leva a mais ataques cardíacos e mortes, sugerindo que a ingestão moderada pode ter efeito protetor.
"Nosso estudo acrescenta evidências que sugerem que, com a ingestão moderada, o sódio pode ter um papel benéfico na saúde cardiovascular, mas que se transforma num papel potencialmente mais perigoso quando a ingestão é muito alta ou muito baixa. Esta é a relação que esperamos para qualquer nutriente essencial. Nossos corpos precisam de nutrientes essenciais, como o sódio, mas a questão é a quantidade", comenta Andrew Mente, em entrevista para o The Guardian.
Dois anos atrás, a mesma equipe publicou um estudo com resultados semelhantes, também no Lancet. Na ocasião, a pesquisa recebeu muitas críticas, chegando a ser chamada de "ciência ruim". As descobertas foram até rejeitadas pela Associação Americana do Coração (American Heart Association).
De qualquer forma, vale a pena seguir a célebre frase do médico e alquimista suíço Paracelso: "A diferença entre o remédio e o veneno é a dose".
(foto: Pixabay) |
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão máxima de sal de 5 g por dia – o equivalente a 2 g de sódio –, para que seja evitado o aumento da pressão arterial, que, por sua vez, está associado a várias problemas, incluindo derrame. Nenhum país do mundo conseguiu, até hoje, baixar o consumo de sódio, afirmam os pesquisadores no artigo publicado no periódico médico Lancet.
O estudo, liderado pelo pesquisador Andrew Mente, professor do Instituto de Pesquisa em Saúde da População e da Universidade McMaster, ambos do Canadá, é amplo e envolve mais de 90 mil pessoas de 300 comunidades em 18 países.
Mente e seus colegas descobriram que os efeitos nocivos do sódio – como a elevação da pressão sanguínea – só ocorre em países como a China, onde o uso irrestrito de molho de soja (shoyu) leva ao consumo de sódio acima de 5 g por dia, ou o equivalente a 12 g de sal. Na investigação, foi verificado que níveis muito baixos de sal na dieta, de forma curiosa, leva a mais ataques cardíacos e mortes, sugerindo que a ingestão moderada pode ter efeito protetor.
"Nosso estudo acrescenta evidências que sugerem que, com a ingestão moderada, o sódio pode ter um papel benéfico na saúde cardiovascular, mas que se transforma num papel potencialmente mais perigoso quando a ingestão é muito alta ou muito baixa. Esta é a relação que esperamos para qualquer nutriente essencial. Nossos corpos precisam de nutrientes essenciais, como o sódio, mas a questão é a quantidade", comenta Andrew Mente, em entrevista para o The Guardian.
Dois anos atrás, a mesma equipe publicou um estudo com resultados semelhantes, também no Lancet. Na ocasião, a pesquisa recebeu muitas críticas, chegando a ser chamada de "ciência ruim". As descobertas foram até rejeitadas pela Associação Americana do Coração (American Heart Association).
De qualquer forma, vale a pena seguir a célebre frase do médico e alquimista suíço Paracelso: "A diferença entre o remédio e o veneno é a dose".
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