(Foto: Reprodução) |
Segundo o comunicado do Google, a brecha estava aberta desde 2015, mas só foi detectada e corrigida em março deste ano. A empresa havia escondido a vulnerabilidade temendo a repercussão do caso. Um comunicado interno vazado pelo Wall Street Journal menciona que revelar a falha no momento da descoberta fariam a empresa “ficar nos holofotes ao lado ou até mesmo no lugar do Facebook, mesmo tendo passado despercebidos pelo escândalo Cambridge Analytica”.
Como resultado da falha, quando o usuário aceitava ceder os dados de seu perfil público ao usar o Google para se conectar a um aplicativo, ele também acabava cedendo informações de todos os seus contatos, e não apenas os dados públicos. A empresa estima que 496.951 pessoas tiveram suas informações expostas, incluindo nomes completos, endereços de e-mail, datas de nascimento, gênero, fotos de perfil, lugares onde as pessoas viveram, ocupação e estado civil. No entanto, o Google diz não ter encontrado evidências de que esses dados foram acessados indevidamente.
De qualquer forma, a empresa aproveitou a situação para anunciar o fim do Google+ como um serviço para o usuário comum. “Esta análise cristalizou o que já sabemos há algum tempo: ainda que nossos engenheiros tenham se esforçado e dedicado para construir o Google+ ao longo dos anos, ele não alcançou adesão ampla de consumidores ou desenvolvedores, e vê pouca interação dos usuários com os apps. A versão para consumidor do Google+ atualmente tem pouco uso e engajamento: 90% das sessões de usuários do Google+ têm cinco segundos ou menos”, explica o comunicado. Na prática, isso significa que a maioria das pessoas que abrem o aplicativo o fazem por engano e fecham logo em seguida.
Além do fechamento do Google+, que deve acontecer de forma gradativa ao longo dos próximos 10 meses, o Google também prometeu uma série de funções novas para sua ferramenta de login em outros apps. Com isso, usuário terão mais controle sobre as permissões que darão a aplicativos para que acessem informações de suas contas.
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