Cearenses têm de absorver aumentos nas tarifas de água e esgoto, energia elétrica, combustíveis e gás de cozinha.
O ano de 2019 tem sido de reajustes de tarifas dos serviços de primeira necessidade acima das expectativas dos cearenses. Água e esgoto, energia elétrica, gasolina e gás de cozinha se destacam.
Desde que mudou a política de preços dos produtos derivados de petróleo, a Petrobras dinamizou o modelo de reajustes e praticamente todos os dias realiza alguma modificação na oferta. Gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, são os itens que impactam mais.
Em pouco mais de dois meses, o preço médio do GLP em Fortaleza saltou de R$ 73,57 para R$ 77,39, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A síntese de valores praticados nos 54 pontos de venda pesquisados revela que o cidadão pode pagar até R$ 85 por um botijão.
Já nos 101 postos de combustível pesquisados pela ANP em Fortaleza, o preço médio da gasolina saltou de R$ 4,07, no início de fevereiro, para R$ 4,58, até o último dia 13. Nesta semana, já foi possível encontrar o litro da gasolina a R$ 4,79.
O doutor em Economia e coordenador do Observatório de Políticas Públicas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fernando José Pires, explica que tais aumentos acabam criando uma inflação de custo.
"Se todo o sistema econômico necessita do item, o preço de todos os produtos e serviços acaba aumentando, gerando inflação. Isso afeta a sociedade em geral e, principalmente, os mais necessitados", acrescenta Fernando, que também é professor do Departamento de Teoria Econômica da UFC.
De certa forma, os fortalezenses estão habituados com as variações da Petrobras. As surpresas ficaram por conta dos ajustes das tarifas. Primeiro de água e esgoto, confirmada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) em 15,86%, em fevereiro. E, nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou alta de 7,39% na conta de luz dos clientes residenciais.
Acontece que todos os índices ficaram bem acima da inflação oficial do País, que fechou 2018 em 3,75%, como também da inflação na Capital, de 2,9%. Segundo o IBGE, no ano passado, Fortaleza ainda registrou deflação de 3,62% no segmento energia elétrica.
Raul dos Santos Neto é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE) e aponta que esses aumentos acima da inflação "pesam muito no orçamento". "Pois são itens que dentro de uma renda média são muito representativos. Qualquer variação é extremamente sensível no dia a dia das pessoas".
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Desde que mudou a política de preços dos produtos derivados de petróleo, a Petrobras dinamizou o modelo de reajustes e praticamente todos os dias realiza alguma modificação na oferta. Gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, são os itens que impactam mais.
Em pouco mais de dois meses, o preço médio do GLP em Fortaleza saltou de R$ 73,57 para R$ 77,39, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A síntese de valores praticados nos 54 pontos de venda pesquisados revela que o cidadão pode pagar até R$ 85 por um botijão.
Já nos 101 postos de combustível pesquisados pela ANP em Fortaleza, o preço médio da gasolina saltou de R$ 4,07, no início de fevereiro, para R$ 4,58, até o último dia 13. Nesta semana, já foi possível encontrar o litro da gasolina a R$ 4,79.
O doutor em Economia e coordenador do Observatório de Políticas Públicas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fernando José Pires, explica que tais aumentos acabam criando uma inflação de custo.
"Se todo o sistema econômico necessita do item, o preço de todos os produtos e serviços acaba aumentando, gerando inflação. Isso afeta a sociedade em geral e, principalmente, os mais necessitados", acrescenta Fernando, que também é professor do Departamento de Teoria Econômica da UFC.
De certa forma, os fortalezenses estão habituados com as variações da Petrobras. As surpresas ficaram por conta dos ajustes das tarifas. Primeiro de água e esgoto, confirmada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) em 15,86%, em fevereiro. E, nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou alta de 7,39% na conta de luz dos clientes residenciais.
Acontece que todos os índices ficaram bem acima da inflação oficial do País, que fechou 2018 em 3,75%, como também da inflação na Capital, de 2,9%. Segundo o IBGE, no ano passado, Fortaleza ainda registrou deflação de 3,62% no segmento energia elétrica.
Raul dos Santos Neto é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE) e aponta que esses aumentos acima da inflação "pesam muito no orçamento". "Pois são itens que dentro de uma renda média são muito representativos. Qualquer variação é extremamente sensível no dia a dia das pessoas".
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