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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Pílula do câncer começa a ser testada em humanos pela Universidade Federal do Ceará

A substância de fosfoetanolamina será administrada num total de 64 voluntários para testar possíveis efeitos colaterais e dosagem máxima de tratamento.
Universidade Federal do Ceará inicia estudos da pílula
 do câncer em humanos sadios. — Foto:
Divulgação/Universidade Federal do Ceará
A Universidade Federal do Ceará (UFC) começou nesta segunda-feira (17) os primeiros testes da chamada pílula do câncer em seres humanos. Ao todos, 64 voluntários vão participar do experimento, realizado pela primeira vez no Brasil.

O objetivo da pesquisa com a fosfoetanolamina, segundo o diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), Prof. Odorico de Moraes, é observar qual a dosagem máxima do tratamento, verificar possíveis efeitos colaterais, além de realizar o estudo farmacocinético, ou seja, analisar em quanto tempo o fármaco é absorvido pelo corpo e quanto tempo continua circulando pelo organismo.

Todos os voluntários são sadios, entre 18 e 50 anos. Eles foram divididos em quatro grupos e cada um será acompanhado por 15 dias. As 12 primeiras pessoas receberam 500 miligramas do substância, a dosagem inicial do teste. Os outros passarão por dosagens maiores, com um máximo de três gramas. A próxima etapa, com um novo grupo, deve iniciar no começo de julho.

"Aqui encerramos nossa parte nos estudos da Fase 1 com a fosfoetanolamina, para o qual fomos contratados", informa o professor.

A coordenação dos estudos é da professora Elisabete Moraes, coordenadora do Centro de Pesquisa do NPDM. As próximas etapas dependem de novos recursos advindos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, órgão financiador da pesquisa.

"Pílula do câncer"

Desde 2015 a UFC trabalha com a comissão nacional para realização de trabalhos pré-clínicos e clínicos sobre a fosfoetanolamina, principal agente da pílula do câncer. Estudos divulgados pela universidade em 2016 mostram a eficácia da substância sobre um dos tipos mais agressivos e resistentes a respostas do câncer de pele, o melanoma B16F10.

Administrando o fármaco em camundongos, foi possível conferir uma redução de 64% sobre o crescimento do tumor, um índice menor em relação aos verificados com o uso de outros agentes químicos em tratamento de câncer. Além disso, praticamente não houve o registro de efeitos colaterais significativos nos animais.

Os testes com a fosfoetanolamina já foram tema de discussão na Subcomissão de Fármacos da Câmara dos Deputados, com a presença dos pesquisadores da UFC. O grupo reiterou a importância de continuar a pesquisa em equipamentos públicos e de receber financiamento para exercer estudos para o desenvolvimento de fármacos.

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