*E que maravilha que tá o nosso país!**Parabéns,presidenta!*
Lei que cria alternativa a prisão preventiva entra em vigor A nova Lei nº 12.403 pode tirar de cadeias do Brasil milhares de presos que cometeram
crimes leves Entra em vigor nesta segunda-feira a Lei nº 12.403, que altera o Código de Processo Penal brasileiro e *cria alternativas à prisão
preventiva*<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/lei+que+cria+alternativa+a+pris...>.
Com a nova lei, pessoas que cometeram crimes leves – punidos com menos de quatro anos de prisão - e que nunca foram condenadas por outro delito só serão
presas em último caso. Antes, só havia duas possibilidades para as pessoas que cometem esses crimes: a prisão, se o juiz entender que elas podem
oferecer riscos à sociedade ao longo do andamento do processo, ou a liberdade.
Com a nova regra, há um leque de opções intermediárias, que poderão ser aplicadas e a prisão só poderá ser decretada em último caso – quando a
pessoa já tiver sido condenada, em casos de violência doméstica, ou quando houver dúvida sobre a identidade do acusado.
É o que explica o advogado criminalista, Guillherme Cremonesi, especialista em direito penal. "Antes o juiz não tinha opção. Em muitos casos, a prisão
preventiva era decretada a fim de segurar o processo penal", explica ressaltando a "forma desproporcional" que a medida preventiva era utilizada pelo sistema penal.
Foto: Reprodução
Nova lei trará mudanças nas decisões de juízes
Com o início da nova lei, *milhares de presos podem deixar as cadeias do
Brasil*<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/nova+lei+pode+tirar+milhares+de...>.
De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da
Justiça, 219.479 (44%) dos presos do sistema penitenciário brasileiro são
provisórios. Porém, não é possível calcular quantos seriam beneficiados pela
nova lei. Isso porque a decisão dos juízes vai depender de cada situação, levando em conta tipos de acusação e reincidência, explica o advogado.
Cremonesi acredita ainda que a sociedade precisa entender melhor a nova Lei.
"A ausência de um conhecimento técnico pode atrapalhar a compreensão. Diante dos *números*<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/nova+lei+pode+tirar+milhares+de...>
*[de presos que podem deixar a prisão]*, a população tem creditado a Lei como um reflexo de impunidade". Para ele, presidiários beneficiados pela
nova regra, não deveriam estar presos. "A liberdade para o ser humano deve ser tratada como regra".
*Medidas cautelares*
Nove medidas poderão substituir a prisão antes do julgamento definitivo do acusado. As principais são: pagamento de fiança de um a 200 salários mínimos
(que poderá ser estipulada pelo delegado de polícia, e não apenas pelo juiz), monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar no período noturno,
proibição de viajar, frequentar alguns lugares e de ter contato com determinadas pessoas e suspensão do exercício de função pública ou de atividade econômica.
Entre as medidas disponíveis para as novas sentenças, o advogado criminalista acredita que apenas o monitoramento eletrônico não será utilizado com tanta frequência. "Além de possuir uma manutenção cara, o
serviço no Brasil ainda é muito limitado e imaturo. Não será utilizado neste primeiro momento".
*Prisão preventiva*
A legislação brasileira considera leves crimes como furto simples, porte ilegal de armas, homicídio culposo no trânsito – quando não há intenção de
matar -, formação de quadrilha, apropriação indevida, dano a bem público, contrabando, cárcere privado, coação de testemunha durante o andamento do
processo, falso testemunho, entre outros.
- Lei que cria alternativa a prisão
preventiva<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/lei+que+cria+alternativa+a+pris...>
- Nova lei pode tirar milhares de presos de cadeias do Brasil<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/nova+lei+pode+tirar+milhares+de...>
A prisão preventiva continua a ser a medida cautelar prevista para os processos que envolvam crimes considerados mais graves, que são aqueles
praticados com dolo e puníveis com pena de reclusão superior a quatro anos.
“Se o suspeito representa risco para a sociedade, a prisão preventiva continuará a ser decretada”, afirma Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Minsitério da Justiça.
Em alguns delitos como violência doméstica contra a mulher, criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência ou se houver descumprimento de
outra medida cautelar, a lei também determina que se continue adotando a prisão preventiva. A Lei determina ainda que se a somatória das penas ultrapassar quatro anos, cabe a prisão preventiva.
*Fiança*
A nova Lei também mudou a aplicação da fiança. A partir de agora, ela poderá variar conforme a capacidade econômica do acusado, o prejuízo causado ou o proveito obtido com a prática da infração. O juiz poderá ampliar o limite para 200 salários mínimos (antes era de 100) e aumentá-la em até 1000 vezes.
O pagamento será destinado à indenização da vítima ou ao custeio de despesas judiciais. Outra mudança que a Lei prevê é que delegados poderão conceder
fianças para crime em que a pena máxima é de quatro anos. Os demais casos devem ser encaminhados ao Judiciário.
Para Marivaldo Pereira, esses avanços são fundamentais para que o juiz tenha mecanismos alternativos à prisão preventiva. “Em diversas situações, a adoção de outras medidas cautelares, distintas da prisão preventiva, é mais eficiente para o Estado. Além disso, tem o mesmo efeito no que se refere à regularidade da tramitação do processo, à proteção da ordem pública e da
sociedade”, afirma o secretário.
Outra inovação é que a Lei 12.403 prevê a criação de um banco de dados nacional para registro de todos os mandados de prisão expedidos no País.
*Veja abaixo o que muda:*
COMO ERA COMO FICOU Prisão em flagrante Poderia ser mantida mesmo após o juiz tomar conhecimento de sua efetivação Ao ser informado da prisão em flagrante, o juiz deverá decidir:
a) pela sua conversão em prisão preventiva;
b) pela concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança;
c) pelo seu relaxamento (revogação), quando ilegal Prisão preventiva Decretada sempre que o acusado colocar em risco a ordem pública ou a investigação e o
processo Ficam mantidos os mesmos critérios, mas o juiz somente a decretará quando não for possível atingir a mesma finalidade com a aplicação de outras
medidas cautelares Prisão preventiva II Rol de medidas cautelares era restrito à prisão preventiva e à fiança Rol de medidas cautelares passa a
contar: monitoração eletrônica; prisão domiciliar; proibição de freqüentar determinados lugares; proibição de falar com determinadas pessoas; proibição
de se ausentar da comarca; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; internação provisória; comparecimento periódico em juízo;
suspensão do exercício de função pública ou de atividade econômica Prisão Preventiva III Não há requisitos específicos para crimes de menor
periculosidade (pena máxima inferior a quatro anos) Será aplicada nos crimes de menor periculosidade, caso o réu seja reincidente em crime doloso,
o crime envolva violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência, ou tenha sido descumprido
outra medida cautelar Descumprimento de medida cautelar Descumprimento da fiança poderia resultar na decretação da prisão preventiva Descumprimento
de qualquer medida cautelar poderá resultar na aplicação de outras medidas cautelares ou na decretação da prisão preventiva Prisão domiciliar Não há previsão para aplicação como medida cautelar Prisão domiciliar para maiores de 80 anos ou gestantes a partir do 7º mês Monitoramento eletrônico Não existia previsão legal para o monitoramento eletrônico enquanto medida
cautelar Figura como medida cautelar alternativa à prisão preventiva
Fiança Limitada a 100 salários mínimos e poderia ser aumentada em até 10 vezes, de acordo com as condições econômicas do acusado Amplia o limite
para 200 salários mínimos e permite seu aumento em até 1000 vezes, de acordo com as condições econômicas do acusado Banco de mandados no CNJ Não há
banco de dados que integre as informações sobre os mandados expedidos nos Estados Prevê a criação de banco de dados que integrará registros de
mandados expedidos nos Estados
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