Polícia impede beijaço gay na visita do Papa Bento XVI na Espanha
A polícia impediu ontem, quinta-feira a manifestação de uma centena de homossexuais, homens e mulheres, que convocaram um "beijaço" durante a passagem do papa Bento XVI, bloqueando o grupo quando ele se dirigia ao local previsto para sua ação. Apesar disso, ao menos dois rapazes foram fotografados se beijando durante a passagem do Pontífice pela Praça Cibeles.
Os manifestantes planejavam se reunir na rua Serrano, por onde Bento XVI deveria passar a bordo do papamóvel em direção à Praça de Cibeles, onde estava prevista uma cerimônia de boas-vindas no coração de Madri.
Mas a algumas centenas de metros do local do encontro, cerca de uma hora antes da passagem prevista do Papa, os manifestantes encontraram um cordão policial e começaram a se dispersar em pequenos grupos, seguidos pelos agentes.
Cerca de 50 deles se beijaram então diante dos policiais, mais numerosos que os manifestantes, enquanto um pouco mais adiante um grupo de jovens peregrinos católicos gritava "Esta é a juventude do Papa", enquanto eram mantidos afastados pela polícia.
A manifestação relâmpago foi convocada no Facebook por um grupo de defesa de homossexuais e transexuais criado dentro dos "indignados", que protestam contra as consequências da crise, havia explicado à AFP seu porta-voz, Jaime del Val.
"A Igreja Católica promove políticas vergonhosas, gravemente sexistas e homofóbicas", disse del Val.
O "beijaço", parecido com o que ocorreu pela visita de Bento XVI à Espanha em novembro de 2010, tinha por objetivo protestar contra o "fundamentalismo da Igreja Católica" e contra "as condenações moralizadoras" sobre a sexualidade manifestadas pelo Vaticano.
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