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quarta-feira, 14 de março de 2012

21 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA POESIA

O dia 21 de março, comemorado em mais de cem países, é a data promulgada pela UNESCO para ser celebrada como Dia Mundial da Poesia.
Grandes poetas brasileiros fazem parte da nossa história poética de todos os tempos. Adélia Prado, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Cecília Meirelles, Cora Coralina, Ferreira Gullar, Gregório de Matos, Machado de Assis, Manuel Bandeira, Mario Quintana, Olavo Bilac, Mário de Andrade, Murilo Mendes, Paulo Mendes Campos e Vinícius de Moraes são apenas alguns de nossos melhores.
Poesia - manifestação literária que se diferencia da prosa, na forma e no conteúdo.
A palavra poesia é herdada do grego, "poíesis", "ação de fazer algo", pelo latim - "poese", + "-ia" que significa"criação".

Entre os maiores poetas da humanidade estão o italiano Dante Alighiere, autor da obra "Divina Comédia", o português Luís de Camões, autor do célebre poema épico "Os Lusíadas" e o brasileiro Olavo Bilac, autor de "O Pássaro Cativo".
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, nasceu no Rio de Janeiro, em 1865, e aí morreu, em 1918. Poeta parnasianista, apresentou várias temáticas em sua obra. Escreveu sobre quadros da Antigüidade, fatos da história brasileira e expressou seu mundo interior através da poesia lírica amorosa e pessoal.
Suas obras são: "Panóplias", "Via Láctea", "Sarças de Fogo", "Alma Inquieta", "As Viagens" e "O Caçador de Esmeraldas". Estes livros foram reunidos em "Poesia", lançado em 1902.
O PÁSSARO CATIVO
Olavo Billac
Armas num galho de árvore o alçapão;
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dá-lhes, então, por esplêndida morada,
A gaiola dourada.
Dá-lhes alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo: Por que é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste, sem cantar?
É que, criança, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
"Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores,
Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas...
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas? Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde, entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes?
Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! Voar!..."
Estas coisas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão, tremendo, lhe abriria
A porta da prisão...
O MEU NIRVANA
Augusto dos Anjos
No alheamento da obscura forma humana,
De que, pensando, me desencarcero,
Foi que eu, num grito de emoção, sincero
Encontrei, afinal, o meu Nirvana!

Nessa manumissão schopenhauereana,
Onde a Vida do humano aspecto fero
Se desarraiga, eu, feito força, impero
Na imanência da Idéia Soberana!

Destruída a sensação que oriunda fora
Do tato - ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebéias -

Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem

Pela imortalidade das Idéias!
Autor: Augusto dos Anjos
OS LUSÍADAS
Luís Vaz de Camões
Canto Primeiro                                   Parte1
1 - (Assunto do Poema)
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
- E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3 - Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
4 - (Invocação às Ninfas do Tejo) 

E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipoerene.
5 - Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.
(Dedicatória ao Rei Dom Sebastião)
E vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitana antígua liberdade,
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena Cristandade;
Vós, ó novo temor da Maura lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,
Para do mundo a Deus dar parte grande; ...
A DIVINA COMÉDIA
Poema épico de Dante Alighieri
Nel mezzo del cammin di nostra vita
mi ritrovai per una selva oscura
ché la diritta via era smarrita.
Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
esta selva selvaggia e aspra e forte
che nel pensier rinova la paura!
Tant'è amara che poco è più morte;
ma per trattar del ben ch'i' vi trovai,
dirò de l'altre cose ch'i' v'ho scorte.
Io non so ben ridir com'i' v'intrai,
tant'era pien di sonno a quel punto
che la verace via abbandonai.
SONETO DA SEPARAÇÃO 
Vinícius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o pranto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Autor: Vinícius de Moraes
Enviado por: Dulce
Pesquisa em diversos sites por
Lika Dutra

Homenagem aos nossos "Velhos Amigos" ao Dia Mundial da Poesia 


O Dia Nacional da Poesia foi instituido em homenagem a Castro Alves, que nasceu aos 14 de março de 1847
Ó BENDITO O QUE SEMEIA!
Cateretê
Homenagem a Castro Alves o poeta abolicionista
*Muritiba BA – 14/03/1847
+Salvador BA – 06/07/1871
Símbolo da justiça e da luta pela liberdade, seu espírito estava sempre conflitado, em busca de soluções para causas tão difíceis que ele abraçava e eram o seu ideal de vida. Morreu jovem, mas deixou para o mundo uma das mensagens mais fortes de igualdade, uma lição de amor aos semelhantes.
Toda a força desse notável escritor, se poderá Sentir nas entrelinhas da música com que a autora o homenageia. Declamado por John Lennon, aluno de origem extremamente humilde, egresso de uma escola onde sua indisciplina gerou o pedido para o seu afastamento; ingressou então na EMEF Padre Antônio Vieira e iniciou tímidamente sua caminhada na Academia Estudantil de Letras, e hoje, vencidos muitos dos grandes desafios que teve pela frente, fez de sua jornada um grande motivo para se tornar um poeta. 
Em breve fará o lançamento do seuprimeiro livro.
"Deixem soar os tamboresSoem, soem os tamboresQue se ouçam ao longe...Soem com um clamorSoem como o grito dos escravos,O seu grito de liberdade!Soltem os nossos grilhõesSoem, soem os tamboresNão os deixem parar!"
Quem é esse jovenzinho
Que encanta ao declamar?
Quem é?Quem é esse jovenzinhoQue encanta ao declamar?Quem é?
No pequeno coração
Grande talento nascia.
Ideais acalentados
Que cresciam dia a dia.
Encontrou inspiração,
Nos livros e na poesia,
Exaltação ao amor,
Lirismo, encanto e magia!
“Ó bendito o que semeia!Livros... livros à mão cheia...Ó bendito o que semeia!Livros... livros à mão cheia!Ó bendito o que semeia!
Nos seus versos expressivos e vigorosos
Com lirismo ardente ele cantou o amor
|Ele amou... ele amou demais, amou de verdade
|Mas o seu maior amor foi a liberdade! (bis)
Castro AlvesO poeta das causas heróicas,Que soem os tamboresCastro AlvesO poeta abolicionistaFestejando a liberdade!Castro AlvesO cantor da liberdadeEscravos não mais cativosCastro AlvesEle clamou por justiça!Livres, livres de verdade!“Ó bendito o que semeia!Livros... livros à mão cheia...Ó bendito o que semeia!Livros... livros à mão cheia!Ó bendito o que semeia! (bis 4 x)
"Que soem os tamboresFestejando a liberdade!Escravos não mais cativosLivres, livres de verdade!Ó bendito o que semeia!Livros... livros à mão cheia...E manda o povo pensar:Um livro caindo n'almaÉ germe que faz a palmaÉ chuva que faz o mar!"
Autora: Mírian Warttusch

Homenagem ao dia Mundial da Poesia.
Quando surgiste, até hoje, não sabemos.
Acredito. Deus te criou em pleno paraíso.
Já estavas presente no Antigo Testamento.
Nos Provérbios e nos Salmos tão benditos.

Cantaste as tragédias e vitórias com Homero,
Estavas na Ásia, na Grécia e no Egito Antigo.
Foste para a Europa levada pelos menestréis,
Cantando os feitos heróicos, para um povo vencido

Falavas de amor e sexo nos antigos bordéis.
Da paixão de Verona, cantaste o amor proibido.
Os feitos do Dom Quixote, herói de Cervantes.
De quem, até hoje, o mundo ainda se vê seduzido.
Galgou o tempo passado sempre indo avante.
Sem te importar com distâncias, tu estavas lá.
Contando histórias, rimando em qualquer lugar.
Sempre há algum poeta pronto pra te recitar.
Foste imortalizada em forma de oração,
Hinos religiosos cantados com muita fé
Hinos Nacionais, homenageando os países.
Aqui no Brasil, em forma de samba no pé.

És tu POESIA, que hoje estou enaltecendo.
Como um poeta que gosta de cantar o amor.
Tenho a certeza de vê-la sempre crescendo.
Levando alegria e esperança para você, leitor.

Autor: Cypriano Maribondo

POESIA, A VOZ DO CORAÇÃO
Catorze de março é o dia da poesia.
Com meu coração de poeta vou falar.
Externar todas as minhas emoções.
E com meus versos lhe homenagear.
Agradecendo a DEUS por este dom.
De saber, com as palavras, brincar.
Escrever minhas tristezas e alegrias.
Para você leitor, neste dia declamar.

Há alguns anos, nesta mesma data.
Disse que foi em pleno paraíso.
Logo depois da criação do homem.
Que surgiu a POESIA, eu acredito.
Depois afirmei, todos somos poetas.
Basta ter coragem para escrever.
As nossas emoções que vem do peito.
Porque a poesia já nasce com você.

Na verdade, eu continuo acreditando.
Que a poesia é a voz dos nossos corações.
Através dela, os poetas falam dos amores.
Das suas saudades e das suas emoções.
Agradeço ao bom DEUS todos os dias.
Por ter dado a mim, o dom da inspiração.
Permitindo que o meu coração tenha voz.
Levando a você leitor, a minha emoção.

Agora peço a você leitor, neste momento.
Para num papel suas emoções escrever.
Ao final, tenho certeza, que uma poesia.
Com a voz do seu coração, vai escrever.
Não tenha medo, pois você é um poeta.
Sua emoção em poesia se transformou.
Festeje este dia Nacional da poesia.
Lendo a sua poesia e cantando o amor.

Autor: Cypriano Maribondo

SEU ORGULHO
Seu orgulho é como uma mentira que
conta sem dó nem piedade
cala a minha boca e no final
não quer ouvir.
Seu orgulho é como
uma doença sem cura,
uma epidemia
que vai se multiplicando;

Seu orgulho é como
o final da vida que só na
morte pede perdão de seus
erros.

Autora: Adriana Silva Gonçalves

C I Ú M E S
No espaço sideral,
O amor desabrochou
De maneira formal
A Lua se apaixonou

Quieta em seu canto
Curtia sua paixão
Fascinada em encantos,
Ampliava a aspiração

Aspiração desconhecida
Fluía em seu interior
Aquilo dava-lhe a vida,
Junto, adveio o amor

Para ganhar o amado
A Lua não se acanhou,
Encheu-se de agrados
E ao Sol se mostrou

O amor ao Astro-Rei
Foi logo correspondido
Mas, o ciúmes da Lua
Deu tudo por perdido

No céu lindas estrelas
Criavam seus bailados,
Em seqüências arteiras
Deixavam o Sol admirado!

Das rivais, a Lua enciumou
Seu amor passou a ódio
E este, a sufocou

A Lua sem a percepção
Não notou que as estrelas
Acolhiam do Astro-Rei,
O amor de um irmão!!!

Autor: Manuel de Almeida (Manal)
Webdesigner: Lika Dutra
Correção: Anna Eliza Fürich
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