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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Estudante produz sabonete de nim contra carrapatos e pulgas


BEM-ESTAR ANIMAL

Estudante produz sabonete de nim contra carrapatos e pulgas


Testes realizados em 50 cães comprovam a eficácia do produto, em 100% dos casos, como carrapaticida natural
Limoeiro do Norte Aluna do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (Ifce), neste município, produziu um sabonete carrapaticida com extrato de nim (Azadirachta indica). As pesquisas realizadas pela estudante Jéssica Martins obtiveram resultados positivos com 100% de eficiência. A estudante pesquisa as propriedades da árvore desde o Ensino Médio, e possui uma invenção patenteada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Federal (NIT Ifce).

Jéssica Martins fez a pesquisa no laboratório do IFCE de Limoeiro do Norte FOTO: ELLEN FREITAS


Aluna do curso de Saneamento Ambiental, Jessica é natural de Itaiçaba. Desde que trabalhava como auxiliar administrativa na Prefeitura de Limoeiro em 2008, na época cursando o Ensino Médio, ela observou em viagens ao campo que agricultores utilizavam o nim para eliminar algumas pragas da cultura do milho e do feijão.

O conhecimento popular dava conta de que o chá das folhas também eliminava pulgas e carrapatos de cães. Partiu daí o interesse pela pesquisa, buscando descobrir outras formas de utilizar no dia a dia a árvore, que é bem comum na região.

"Quando eu entrei no Instituto, fiz um estudo bibliográfico para aprofundar o que eu conhecia, como o nim é popularmente conhecido como inseticida. Tentei criar um sabonete para cães a partir do extrato da folha, que fosse mais eficiente no combate a pulgas e carrapatos", explica. Segundo ela, a substância azadiractina é responsável pela repelência de vários insetos.

Eficiência total
Durante seis meses, a estudante desenvolveu o produto e realizou testes em 50 cães. Os resultados foram surpreendentes, indicando eficiência de 100% como carrapaticida natural. Foi observado que o sabonete também auxilia no processo de cicatrização de ferimentos nos cachorros. Nenhum dos cães que utilizaram a amostra apresentou reações alérgicas ao produto. O sabonete é feito de forma simples, qualquer pessoa pode produzi-lo em casa.

"Nós utilizamos a metodologia mais simples. Ao invés de ser colocada a fragrância e o princípio ativo do sabonete convencional, a gente substituiu pelo extrato de nim, que é misturado à glicerina derretida e ao sabão de coco. A gente visou a utilização desse produto por pessoas que não tem tanta condição financeira e pudessem produzir em casa", explica.

No período da pesquisa e criação do sabonete, ela trabalhou como voluntária no laboratório de Química do Ifce, sob a orientação da doutora em Bioquímica, Renata Chastinet, que incentivou as pesquisas da aluna. Ela também é autora do projeto que utiliza a cinza da folha do nim como agente de absorção de metais pesados em amostras sintéticas. Ela escreveu o projeto a partir de seus estudos.

Explica que o lançamento indevido de metais no ambiente causa contaminação no corpo hídrico, atingindo plantas e peixes, podendo também contaminar seres humanos através da ingestão de alguns alimentos. "Quando o peixe se alimenta naquele meio em que a quantidade de metais foi aumentada, ele fica contaminado. Quando nós consumimos esse peixe, a taxa de metais em nosso organismo também aumenta, podendo causar sérios danos à saúde como problemas no fígado, rins, doenças degenerativas como Alzheimer e a destruição de algumas funções enzimáticas no organismo", explica.

Os metais são lançados no ambiente principalmente através de algumas indústrias metalúrgicas, que despejam a água utilizada para resfriar os metais sem nenhum tratamento. A estudante criou um pó que possui um alto poder de absorção destes metais para combater essa problemática. A invenção foi patenteada em outubro do ano passado e foi licenciada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Federal.

O nim é uma árvore originária da Índia e é utilizada há séculos na medicina humana e animal. Na agricultura, é utilizada no controle de pragas (insetos), devido ao seu poder repelente, atuando também sobre alguns fungos e bactérias.

É utilizada na fabricação de cosméticos, fertilizantes e no reflorestamento. Muito popular na Região do Baixo Jaguaribe, a árvore é utilizada principalmente na arborização urbana.

Algumas pesquisas recentes dão conta de que uma mistura de extrato de nim com uma determinada quantidade de detergente pode ocasionar o mesmo efeito dos pós químicos utilizados para combater a larva do Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da Dengue. Outra pesquisa mostra que a azadiractina impede que as larvas do mosquito-palha, principal vetor da leishmaniose visceral no Brasil, complete seu ciclo de desenvolvimento, atingindo a fase adulta.

Mais informações:
Laboratório de Química do IFCE 
Campus Limoeiro do Norte
Rua Estevam Remígio, 1.145
Centro
Telefone: (88) 3477.6900

ELLEN FREITASCOLABORADORA 
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1221276

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