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sábado, 2 de março de 2013

Bacalhau varia até 42% e tilápia 20% para esta Páscoa


VENDAS AINDA NÃO AQUECERAM

Bacalhau varia até 42% e tilápia 20% para esta Páscoa

02.03.2013

Apesar da grande procura, o presidente da Acesu diz que os pescados congelados não devem subir
Faltando menos de um mês para a Páscoa, os supermercados ainda não apresentam muitas variedades de pescados. Segundo o presidente da Associação Supermercadista Cearense (Acesu), Severino Neto, há uma oferta bem maior desses produtos durante a semana do feriado. "A venda da Páscoa é muito significativa para o setor, com expectativa de acréscimo de 25% em relação ao mês anterior", destaca.

O bacalhau do Porto salgado, um dos produtos mais procurados pelos consumidores para o feriado, teve variação de até 42% em pesquisa da reportagem realizada em diferentes redes de supermercado da Capital FOTO: KELLY FREITAS


De acordo com ele, em comparação à Páscoa do ano passado, é esperado um crescimento nas vendas entre 4% e 5%. Com o intuito de conferir os preços, a reportagem do Diário do Nordeste visitou, no início desta semana, quatro diferentes redes de supermercados na Capital. Foram verificados os produtos mais consumidos no período, como pescados, vinhos, azeites, queijos, pão de coco e chocolates.

O quilo salgado do bacalhau do Porto apresentou variação de preço de até 42%. O produto foi encontrado por R$ 32,90 no Pão de Açúcar da Avenida Abolição, R$ 36,90 no Carrefour da Avenida Barão de Studart, R$ 39,00 no Bompreço da Avenida Santos Dumont e R$ 46,75 no São Luiz da Avenida Pontes Vieira.

"O que decide o preço do bacalhau é a sua qualidade, sua espessura e cor. O mais grosso, teoricamente, é o mais caro", comenta o Severino Neto. Em relação ao peixe fresco de água salgada, ele diz que é esperado o tradicional reajuste na semana da Páscoa. Já os demais pescados produzidos em cativeiro e os que são vendidos congelados - afirma Severino - devem permanecer com os mesmos valores. Porém, dados da Acesu indicam que a tilápia já teve reajuste de 20%, devido às condições de seca da região criadora. "O bacalhau é a estrela da festa e é o chamariz dos supermercados para puxar os valores. Mas as ofertas acabam acontecendo", revela Severino.

A aposentada Jane Teles diz que o ideal é comprar os produtos o quanto antes, para evitar os preços mais altos. "Me preparo para não deixar tudo de última hora. Nesta semana já começo a olhar algumas coisas", comenta. A preferência é pelo bacalhau salgado ao invés do congelado, por conta do sabor.

Se ainda são poucas as opções de pescados, os supermercados estão repletos em relação as opções de vinhos. A atendente de vinhos do Pão de Açúcar, Deline Duarte, destaca que a escolha do produto é muito diversificada. "Nesse período, há bastante procura por vinhos brancos, para harmonizar com peixes e mariscos. O vinho do Porto harmoniza com os chocolates. Já o vinho tinto é para quem gosta da bebida com sabor mais adocicado".

Expectativa positiva
Por ser o melhor período do setor, ficando atrás apenas do Natal, a expectativa dos supermercados é bastante positiva. O GBarbosa espera vender 30% a mais, comparado ao mesmo período no ano anterior. O Bompreço tem expectativa de aumento de 70% na venda de peixes em comparação a um dia normal.

O São Luiz espera expansão de cerca de 15% nas vendas, na comparação com o feriado do ano passado. Já as lojas do Extra e do Pão de Açúcar esperam que a comercialização de pescados aumentem o triplo em comparação com um mês comum e 10% nessa Páscoa em comparação a 2012. Para o período, o Carrefour encomendou cerca de 3 mil toneladas de pescados para as lojas de todo o País.

PROTAGONISTA
Preferência pelo peixe típico da época
Por gostar muito de bacalhau, a dona de casa Moiza Batista diz que não abre mão do produto por nenhum outro peixe, mesmo quando o preço acaba ficando mais alto. Para cozinhar, a preferência é pelo bacalhau ainda salgado. No carrinho de compras, ela diz que não pode faltar azeite, para preparar as variedades de pratos que sabe fazer, e vinho tinto seco, para acompanhar a refeição.

Moiza BatistaDona de casa

Chocolates adoçam no País faturamento de R$ 4,4 bi
A classe B deve movimentar, nesta no, R$ 1,91 bilhão, 43,1% do mercado sazonal de chocolates e bombons, segundo a pesquisa FOTO: PATRÍCIA RAPOSO
Se os ovos de Páscoa parecem ser os mais procurados para o período, os demais tipos chocolates também devem ter volume de vendas bastante elevado. Segundo levantamento do IPC Marketing, bombons e chocolates devem movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões no mercado nacional durante o período.

De acordo com os dados, a classe B será responsável pela maior parte do valor neste ano. Serão R$ 1,91 bilhão, o que corresponde a 43,1% do mercado sazonal de chocolates e bombons. No ano passado, a classe que mais consumiu foi a C.

Potencial
Em segundo lugar deste ano está a classe C, que deve responder por 39,3% desse mercado, com um valor de R$ 1,74 bilhão. Já a classe A garantirá o consumo equivalente a R$ 457,2 milhões, sendo 10,3% do potencial de consumo de chocolates e bombons neste feriado. As classes D e E ficam com a parcela de 7,2%, representando o valor de R$ 318,3 milhões.

Ovos
Para o período, porém, a aposta dos supermercados continua sendo, principalmente, os ovos de chocolate. Segundo a assessoria de imprensa do Carrefour, foram encomendadas 7,5 milhões unidades de ovos para todo o Brasil, com um sortimento de 250 tipos de produtos.

Já o Bompreço tem apostado na marca própria, com preço 30% mais baixo que os produtos da categoria, segundo informou a assessoria de imprensa do grupo. A expectativa é de aumento de 30% na venda de ovos de chocolate em comparação a igual período do ano passado.

O Extra e o Pão de Açúcar esperam aumentar as vendas do produto em 7%, na comparação com igual período do ano passado. A aposta tem sido a marca própria dos ovos de chocolate.

Gastos
Os indicadores da pesquisa do IPC Marketing apontam gastos da ordem de R$ 30 bilhões na compra de doces em geral ao longo do ano, sendo R$ 9,0 bilhões somente no consumo de chocolates e derivados. Em 2012, os gastos da categoria foram da ordem de R$ 27 bilhões ante os R$, 8,2 bilhões somente com chocolates e derivados.

O números do levantamento são referentes ao IPC Maps 2013, banco de dados que mapeia anualmente (no mês de maio) cada um dos municípios brasileiros, por itens da economia e categorias sociais revelando a potencialidade de consumo do mercado.














FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1237816

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