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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Senado rejeita reduzir maioridade penal de 18 para 16 anos

Senado rejeita reduzir maioridade penal de 18 para 16 anos

Folhapress | 16h07 | 19.02.2014

Do total de sete PECs, apenas uma foi aprovada

senado
Analisada pela comissão, proposta de redução da maioridade penal foi rejeitada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
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CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) rejeitou nesta quarta-feira (19) proposta que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em crimes hediondos e casos específicos, como os crimes inafiançáveis, tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 
A comissão analisou conjuntamente sete PECs(propostas de emenda à Constituição) que tratavam da redução da maioridade penal. O relator, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), recomendou a rejeição de seis delas e a aprovação de apenas uma de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que reduzia a maioridade para 16 anos nos crimes hediondos e casos específicos. 

Como a comissão rejeitou o relatório de Ferraço, Nunes disse que vai recorrer da decisão da comissão para levar a discussão ao plenário da Casa. Ele precisa do apoio de um décimo dos senadores (9 no total) para evitar que a proposta seja definitivamente arquivada. Oito membros da comissão votaram a PEC e 11 contrários, o que derrubou a matéria na comissão. 
No plenário, Nunes disse acreditar que a matéria tenha apoio da maioria dos senadores. "Muitos manifestaram o desejo de continuar discutindo a matéria, a votação foi muito apertada. Vamos ao plenário com a discussão contrária da comissão", afirmou. 
O PT votou unido contra a PEC de Aloysio Nunes, mantendo a posição do governo federal contrária à redução da maioridade penal. 
"A gente teria que discutir no âmbito do ECA a forma como poderíamos fazer gradações diferentes e responsabilizações dessa redução penal. Proponho suspender a discussão para debatermos no âmbito do ECA", disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil
O PMDB, principal aliado do governo, votou a favor da proposta de Aloysio Nunes e promete repetir a postura se a discussão chegar ao plenário da Casa. "Você tem que dar respostas à sociedade nessa onda de violência. Não dá para se fechar a tudo isso", afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR). 
Presidente da CCJ, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) disse que a comissão agiu de forma "democrática", mas que o Senado não pode se furtar ao debate do tema. 
Proposta 
A PEC de Aloysio Nunes prevê a redução para 16 anos em casos específicos, como crimes inafiançáveis (tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e crimes hediondos) ou reincidência, desde que haja parecer do promotor da infância e autorização da Justiça.
Há, contudo, sugestões mais radicais que foram rejeitadas no relatório de Ferraço, como a que considera penalmente imputáveis os maiores de 13 anos em caso de crimes hediondos; ou proposta que, além reduzir a maioridade para 16 anos, torna o voto obrigatório para a mesma idade. 
A mais antiga delas tramita desde 1999 no Senado, que pela primeira vez analisou o tema nessa legislatura. No entanto, o governo federal e o PT são radicalmente contrários a qualquer mudança na lei. 


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