Domingo, 14 de Setembro de 2014.
Santo do dia: Exaltação da Santa Cruz, São Gabriel Taurino Dufresse, Bispo e mártir Cor litúrgica: vermelho
Evangelho de hoje: São João 3, 13-17
Primeira leitura: Números 21, 4-9 Leitura do livro dos Números:
Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 77 (78)
— Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
— Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
— Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
Segunda leitura: Filipenses 2, 6-11 Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses:
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai . - Palavra do Senhor - Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3, 13-17
- Aleluia, Aleluia, Aleluia! - Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela cruz remistes o mundo!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
- Palavra da salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942) Carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Poema «Signum Crucis», 16/11/1937 «Para que o mundo seja salvo por Ele»
[…] Tendo-Se feito homem por amor aos homens, Ofereceu a plenitude da sua vida humana às almas que escolheu. Ele, que formou cada coração humano, Quer um dia manifestar O sentido secreto do ser de cada um Por um novo nome que só aquele que o recebe compreende (Ap 2,17). Uniu-Se a cada um dos eleitos De maneira misteriosa e única. Tirando-a da plenitude da sua vida humana, Ofereceu-nos A Cruz.
O que é a cruz? O sinal do máximo opróbrio. Aquele que entra em contacto com ela é rejeitado de entre homens. Aqueles que um dia O aclamaram Afastam-se dele com terror e já não O conhecem. Foi abandonado sem defesa aos seus inimigos. Na terra nada mais Lhe resta Além do sofrimento, dos tormentos e da morte.
O que é a cruz ? O sinal que indica o céu. Muito acima da poeira e das brumas desta Terra, Ela eleva-se ao alto, até à luz pura. Abandona portanto o que os homens podem possuir, Abre as mãos, cinge-te contra a cruz: Ela levar-te-á, então, Até à luz eterna.
Ergue os olhos para a cruz: Ela estende as suas traves Qual homem que abre os braços Para acolher o mundo inteiro. Vinde todos, vós que tomais sobre vós o meu jugo (Mt 11,28) E vós também, que apenas podeis gritar com Ele na cruz. Ela é a imagem do Deus que, crucificado, se torna lívido. Ela eleva-se da terra até ao céu, Como Aquele que subiu ao céu E queria para aí levar-nos a todos juntamente consigo.
Abraça simplesmente a cruz, e possui-Lo-ás, Ele, o Caminho, a Verdade, a Vida (Jo 14,6). Se carregares a tua cruz, será ela a carregar-te, Nela terás a beatitude.
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