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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Líder islâmico no Brasil critica prisões de suspeitos de terrorismo

O religioso contou que um dos presos era frequentador da mesquita do Pari, em São Paulo


O presidente do conselho de ética da União Nacional Islâmica (UNI), Sheikh Jihad Hammadeh, disse em entrevista à GloboNews que não concorda com a prisão de dez suspeitos de terrorismo pela Polícia Federal, na véspera.

"As provas que foram colocadas não são suficientes para dizer que são terroristas. Se são suspeitos tem que mostrar porque que são suspeitos. Fizeram apologia? Está cheio de apologias. É só monitorar. E se descobriram alguma ponta tem que saber o outro lado. Cadê o outro lado? Em contato com quem eles estavam?", ressaltou o Sheikh.
O religioso contou que um dos presos era frequentador da mesquita do Pari. Mohamad Mounir Zakaria é dono de uma confecção no bairro do Brás.
"É um adepto comum. Nunca se viu nada dele. Eu não sou responsável sobre o que ele faz na intimidade. Se agiu de forma errada tem que ser punido. Se não, seus direitos tem que ser respeitados até que se comprove a sua culpa ", afirmou o Sheikh.
De acordo com o jornal O Globo, o líder islâmico também reafirmou que as pessoas não podem ficar com a sensação de que houve discriminação por causa da religião.
- "Acredito que tem que haver as provas. Se são realmente concretas, a pessoa tem que ser punida, mas com transparência. É necessário a sociedade saber para que não haja nenhuma sensação de injustiça ou sensação de discriminação",

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