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sábado, 9 de dezembro de 2017

Ferramenta mede risco hídrico no Brasil e no mundo

Gratuita e 100% digital, programa já foi utilizado por mais de 1,5 mil organizações de 32 setores da indústria em mais de 400 das maiores bacias hidrográficas
((foto: MP-Ba))
Desenvolver modelos de negócio que incorporem as questões hídricas é um dos maiores desafios das economias em todo o mundo. Segundo a organização das Nações Unidas, o planeta enfrentará um déficit de água de 40% em 2030. Por sua vez, o Fórum Econômico Mundial lista a água como um dos maiores riscos globais nos próximos seis anos. Em resposta a isso, foi lançada no final de novembro a Ferramenta de Risco Hídrico (Water Risk Filter em inglês - WRF) mapeada com dados em alta resolução para o Brasil.
Desenvolvida pela Rede WWF e pela instituição alemã de desenvolvimento financeiro KfW/DEG com o intuito de ajudar organizações de todo o mundo a avaliar os riscos físicos, regulatórios e reputacionais relacionados à gestão da água, a ferramenta também fornece orientações sobre o que fazer em resposta a esses riscos, promovendo a mitigação e o uso sustentável da água.
 Gratuita e 100% digital, a Ferramenta de Risco Hídrico já foi utilizada por mais de 1.500 organizações de 32 setores da indústria que avaliaram suas instalações em mais de 400 das maiores bacias hidrográficas do globo.
A novidade, que possui adaptações específicas para alguns setores da indústria e mais de uma centena de commodities agrícolas, está sendo ampliada com dados de alta resolução para cada país e o Brasil está entre os 10 primeiros a lançar seu mapa de Ferramenta de Risco Hídrico. 
"A Ferramenta em escala global já foi aplicada para avaliar o risco de mais de dois mil locais no Brasil, seja por empresas ou terceiros, evidenciando grande interesse pela mesma", indica Mariana Napolitano, coordenadora da Iniciativa de Água do WWF-Brasil.
Dentre os setores com maior número de avaliações no Brasil até hoje estão às empresas de bebidas, papel e celulose e agricultura, especialmente no Sul e Sudeste do país, complementa. 
Governança das bacias 

Na fase de regionalização dos dados do mapa, para mais da metade deles foi possível conseguir informações de melhor qualidade para o Brasil, oriundas de universidades e instituições de pesquisa e da Agência Nacional de Águas (ANA), com foco em números relacionados à qualidade, quantidade e uso da água. Além disso, foi realizado um amplo levantamento sobre a governança das principais bacias hidrográficas do Brasil.
Na ferramenta, são considerados mais de 100 indicadores de risco. A partir do cruzamento de todos esses dados, a WRF permite que se tenha uma visão detalhada dos riscos hídricos de cada região com foco no setor em que a organização está inserida - agricultura, papel & celulose ou extrativismo, por exemplo. São 12 milhões de km² de dados sobre risco hídrico em alta resolução, incluindo o Brasil.
O risco, no mapa, é identificado em cores que variam do verde ao vermelho e leva em consideração as perspectivas espaciais da operação da organização e da bacia hidrográfica. No diagnóstico, caso a ferramenta identifique "zonas vermelhas" relacionadas à água - locais de alto risco hídrico por causa de um ou vários motivos, a resposta não deve ser abandonar tais locais. Pelo contrário, o que a ferramenta busca é preparar as companhias para enfrentarem esse risco, gerindo os recursos de forma sustentável. 
Projetos hídricos 
Com a intensificação dos problemas de governança, escassez e poluição, o interesse na proteção da água se diversificou. Os números são claros: o setor agrícola consome 90% do abastecimento mundial de água doce e 70% dos resíduos da indústria dos países em desenvolvimento não é tratado e é jogado diretamente nos rios, poluindo a água. Por outro lado, em 2017, empresas se comprometeram a investir mais de 23 bilhões de dólares em mais de 1000 projetos relacionados à água em 91 países diferentes. 
Líderes empresariais perceberam que a lucratividade em longo prazo – e mesmo a viabilidade dos negócios – depende da quantidade e qualidade adequada de água disponível, no tempo e lugar certo para atender às necessidades das pessoas, empresas e ecossistemas. Por causa desse interesse, o WWF criou o programa Water Stewardship, liderado por Alexis Morgan, no qual a Ferramenta WRF está inserida.
Conheça a ferramenta do WWF aqui.
FONTE: Correio 24 Horas

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