Esquema foi identificado pela Operação Descarte, que apura lavagem de dinheiro na prestação de serviços de limpeza em SP e MG
POR METRÓPOLES - Receita identificou que modestos serralheiros e mecânicos de bicicleta detinham o “controle” de empresas que venderam notas fiscais frias em valores milionários ao Consórcio Soma, prestador de serviços de limpeza contratado pela Prefeitura de São Paulo em 2011.
Segundo a Operação Descarte, deflagrada pela Receita e pela Polícia Federal nesta quinta-feira (1º/3), “laranjas” de empresas de fachada ganhavam R$ 2 mil para emprestar o nome e irrigar um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento da Lava Jato, a partir de informações do doleiro Alberto Youssef.
“Auditores fiscais identificaram que, de 14 empresas fornecedoras para o Consórcio Soma, todas tinham forjado emissões de notas fiscais, emitido notas fiscais fraudulentas de mercadorias que nunca existiram nem entraram no consórcio. Dessas 14, nem todas eram ‘fantasmas puras’, algumas tinham um pouco de atividade operacional”, afirmou o auditor da Receita Flávio Correa Prado.
“Uma empresa que movimentava mais de R$ 20 milhões, R$ 30 milhões por ano tinha um serralheiro como titular no quadro societário. Outra tinha um colega desse serralheiro, que trabalha na mesma serralheria, com uma empresa que também movimenta dezenas de milhões de reais por ano”, relatou Prado.
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MICHAEL MELO/METRÓPOLES |
Segundo a Operação Descarte, deflagrada pela Receita e pela Polícia Federal nesta quinta-feira (1º/3), “laranjas” de empresas de fachada ganhavam R$ 2 mil para emprestar o nome e irrigar um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento da Lava Jato, a partir de informações do doleiro Alberto Youssef.
“Auditores fiscais identificaram que, de 14 empresas fornecedoras para o Consórcio Soma, todas tinham forjado emissões de notas fiscais, emitido notas fiscais fraudulentas de mercadorias que nunca existiram nem entraram no consórcio. Dessas 14, nem todas eram ‘fantasmas puras’, algumas tinham um pouco de atividade operacional”, afirmou o auditor da Receita Flávio Correa Prado.
“Uma empresa que movimentava mais de R$ 20 milhões, R$ 30 milhões por ano tinha um serralheiro como titular no quadro societário. Outra tinha um colega desse serralheiro, que trabalha na mesma serralheria, com uma empresa que também movimenta dezenas de milhões de reais por ano”, relatou Prado.
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