(Foto: Reprodução) |
O site Boatos.org catalogou dois áudios de grande alcance que falam basicamente a mesma coisa. O governo brasileiro, incomodado com a utilização do aplicativo na organização do movimento grevista, teria solicitado que o acesso ao serviço fosse restringido no país. O bloqueio seria realizado por meio de uma atualização, e a ordem é que usuários não baixem nenhuma atualização do Google Play ou da App Store para impedir que o acesso seja limitado.
Em um dos casos, o bloqueio seria ordem direta do presidente Michel Temer, o que simplesmente não é permitido. Já no outro, seria uma ordem judicial que determinaria o bloqueio do WhatsApp por 48 horas; essa segunda hipótese até poderia ser viável, visto que o aplicativo já foi impedido de operar no passado, mas também não é verdade.
Supondo que a Justiça realmente determinasse o bloqueio do WhatsApp, essa ordem seria destinada às operadoras de internet fixa e móvel, que deveriam impedir seus usuários de acessar os IPs vinculados ao aplicativo. Se isso, por um acaso, viesse a acontecer, atualizar ou não seu aplicativo não faria qualquer diferença.
O que os autores do áudio parecem fazer é misturar informações reais, mas antigas, da época em que o WhatsApp realmente foi bloqueado por ordem judicial, com um contexto atual, como a greve dos caminhoneiros, para causar maior pânico. No entanto, na época em que o aplicativo foi impedido de operar no Brasil, não havia qualquer intenção de silenciar um movimento popular. A punição foi porque o Facebook, empresa que é dona do WhatsApp, não cumpria a ordem de entrega de dados solicitados pelas vias legais para uma investigação policial, alegando ser incapaz de fornecer as informações que a Justiça pedia, por não armazená-las em seus servidores e por causa da criptografia de ponta-a-ponta incorporada ao serviço.
Em contato com o Olhar Digital, a assessoria de imprensa do WhatsApp confirmou que o aplicativo não corre risco de ser bloqueado.
FONTE: OLHAR DIGITAL
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