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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Bolsonaro pode acabar com abono salarial do PIS Pasep em 2019 do INSS?

PIS PASEP
POR MIX VALE
Bolsonaro pode acabar com abono salarial do PIS Pasep em 2019 do INSS? O Ministério da Fazenda divulgou na semana passada um relatório que sugeria ao governo Bolsonaro acabar com o abono salarial (PIS/Pasep) e rever o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos ou deficientes pobres. Mas isso pode ser feito imediatamente pelo governo ou precisa passar pelo Congresso ou mudar a Constituição?

O abono salarial é um pagamento anual para quem se enquadra em critérios como ter trabalhado com carteira assinada por ao menos 30 dias e ganhar no máximo dois salários mínimos. O atual governo sugere a extinção do abono “por representar um programa que beneficia população distante da pobreza extrema”, já que quem recebe são pessoas que estão empregadas e no setor formal. 

O BPC é um benefício para quem tem baixa renda (idosos ou deficientes físicos). Sobre ele, o relatório diz que o benefício representa “custo mais elevado, alto nível de judicialização e menor focalização nos pobres, quando comparado com outros programas sociais, como o Bolsa Família”.

Mas dá para extinguir ou mudar esses benefícios, como sugeriu a Fazenda? Qual seria o caminho que o novo governo precisaria percorrer? Entenda:

ABONO SALARIAL

O que é:  Abono salarial do PIS/Pasep é um pagamento anual para quem atende todos os seguintes critérios:
  • Trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano;
  • Ganhou, no máximo, dois salários mínimos, em média, por mês;
  • Está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
  • A empresa onde trabalhava informou seus dados corretamente ao governo
O valor máximo pago é de até um salário mínimo (R$ 954, em 2018) e varia de acordo com o tempo em que a pessoa esteve empregada.
Quantos são beneficiados e quanto custa para o governo?
No exercício de 2017/2018, o Ministério do Trabalho estimou um gasto de R$ 16,6 bilhões para beneficiar 24,5 milhões de pessoas. Quem não faz o saque no prazo fica sem o dinheiro, que vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
O que precisaria ser feito para acabar com o abono?
O pagamento do abono salarial do PIS/Pasep é garantido pela Constituição Federal. O PIS e o Pasep são contribuições feitas por empresas públicas e privadas que vão para o FAT. É esse fundo que paga o abono salarial e o seguro-desemprego, por exemplo. Parte do dinheiro arrecadado também é destinada ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Para extinguir o pagamento do abono, o governo teria que conseguir a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) no Congresso, que tem um caminho mais rigoroso. A proposta teria que passar por dois turnos de votação na Câmara e dois no Senado, além de conseguir três quintos dos votos em cada uma das Casas (308 votos na Câmara e 49 no Senado).
Se o governo quiser fazer outras mudanças (como mudar o cálculo dos valores), é possível evitar a PEC. Segundo o especialista em direito constitucional e professor universitário Marcus Vasconcellos, dá para fazer outras mudanças por projeto de lei ou por medida provisória. Nesses casos, é uma votação na Câmara e outra no Senado por maioria simples dos votos (metade mais um).
A mudança por MP já foi utilizada anteriormente. No final de 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff alterou o valor de pagamento do abono, que antes era sempre de um salário mínimo, independentemente do tempo trabalhado, e passou a ser proporcional. A MP foi aprovada pelo Congresso em 2015 e transformada em lei, sem mexer na Constituição.
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