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“Você esqueceria até a cabeça se ela não estivesse presa no corpo”
Talvez você se relacione de alguma forma com essa frase, seja por constantemente esquecer onde deixou objetos, não lembrar de nomes ou até esquecer um compromisso importante.
Quando começamos a esquecer as coisas de forma frequente, normalmente a pessoa associa esse declínio na memória com envelhecimento ou até estresse.
Outro fator bastante preocupante é o surgimento de doenças ligadas ao declínio cognitivo, como a demência e o alzheimer. Do contrário, costumamos ver de forma positiva pessoas que detêm uma boa memória, acreditando até ser um sinal de inteligência.
Mas um estudo feito no Canadá, demonstrou um outro lado dessa moeda. Ao contrário do que se pensava, os pesquisadores propuseram que o objetivo da nossa memória não é de transmitir a informação mais precisa ao longo do tempo.
De fato, o mundo está mudando constantemente, de modo que as informações antigas se tornam desatualizadas e menos importantes para serem lembradas.
Na verdade, o propósito da memória é de nos guiar e otimizar nossa tomada de decisões, para que seja feita de forma mais inteligente. Nosso cérebro possui um mecanismo para esquecer as coisas, que é muito diferente do que usamos para guardar informações.
Um desses mecanismos é o enfraquecimento ou até eliminação de conexões no cérebro onde nossas memórias são codificadas.
Isso cria memórias mais simples, que nos permitem vivenciar novas experiências, reter novas informações e tomar decisões mais informadas.
Até um tempo atrás, os alunos precisavam decorar datas e informações que, hoje em dia, não são mais consideradas importantes. Atualmente estamos expostos a uma infinidade de dados e informações novas, que se atualizam num passo cada vez mais rápido e para isso, nosso cérebro também criou formas de se adaptar.
De que forma?
Esquecendo detalhes específicos. Nosso cérebro acaba por generalizar eventos passados, dando espaço para informações novas.
Você pode observar esse fenômeno claramente em crianças, pois durante a infância estamos constantemente aprendendo coisas novas, o que faz com que elas esqueçam de detalhes mais rapidamente.
Como diz o velho ditado: "Se você não usa, você perde".
Mas como diferenciar então um esquecimento normal de algum sintoma que pode indicar alguma doença neurológica? Os sintomas do Alzheimer, porém, vão além do simples esquecimento do dia a dia.
Portadores da doença têm dificuldade para se comunicar, aprender e raciocinar. Elas costumam esquecer as coisas com mais frequência e ficam incapazes de relembrar o assunto posteriormente.
Então, da próxima vez que você esquecer algo simples como o nome de uma pessoa que acabou de conhecer, não se preocupe. Lembre-se que esquecer é tão importante quanto guardar memórias.
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