Após escolher a opção pelo crediário,três simulações de financiamento vão aparecer na tela da maquininha. Na sequência, serão apresentadas ao consumidor todas as informações da compra
Ao colocar o cartão em uma maquininha, o consumidor vai se deparar com mais uma maneira de pagar as compras no crédito: o crediário. A modalidade, anunciada na última semana pela associação de empresas do setor, vai permitir o alongamento de prazos de pagamento, que poderão chegar a 36 meses, e deve facilitar a vida dos lojistas. No entanto, especialistas e associações de consumidores recomendam cautela no uso do produto e afirmam que ele pode gerar superendividamento se mal utilizado.
Após optar pelo crediário, três simulações de financiamento vão aparecer na tela da maquininha. Na sequência, serão apresentadas ao consumidor todas as informações da compra, como os juros cobrados e o valor total da transação.
As taxas vão variar de 0,99% a 3,99% ao mês, de acordo com o número de parcelas e o perfil de crédito do consumidor. Os limites devem ser os mesmos do cartão de quem faz a compra. O valor devido no crediário é subtraído do limite e vai sendo liberado conforme as prestações vão sendo pagas.
A novidade do produto é que o ônus da operação deixa de ficar com o lojista. Quando uma transação é realizada no crédito à vista ou no "parcelado sem juros", o dono do estabelecimento recebe o valor em um prazo a partir de 30 dias. Caso queira antecipar o recebimento, paga taxa de desconto. Com a nova modalidade, o risco da operação passa a ser do banco emissor do cartão. O lojista recebe em até cinco dias úteis.
Isso, segundo Rodrigo Carneiro, diretor de produtos da Rede, cria dois cenários positivos. O pequeno estabelecimento que, pelas altas taxas, não conseguia oferecer alternativa de parcelamento mais longa ao consumidor, ganha uma opção. E, como o lojista receberá em um prazo mais curto, permite que o comprador barganhe descontos.
Segundo o coordenador do laboratório de finanças da Fecap, Márcio Wu, a opção é bem vinda por ser mais uma alternativa para o consumidor. No entanto, deve ser evitada, já que o ideal é que o comprador se organize para pagar à vista. "Caso não seja possível pagar à vista, o consumidor deve negociar um bom desconto na nova modalidade."
Marcelo Kopel, diretor do Itaú Unibanco, acredita que o produto vai permitir que o consumidor tenha acesso a bens de maior valor agregado com uma parcela mensal menor.
Já a planejadora financeira certificada pela Planejar, Angela Nunes, ressalta que o alongamento dos prazos em parcelas menores pode causar descontrole orçamentário. "Evite se endividar por compras que não são essenciais à sua vida", diz.
Rodrigo Alexandre, especialista em crédito da Proteste, associação de defesa do consumidor, afirma que o produto pode agravar o cenário de inadimplência no País, que possui cerca de 62 milhões de negativados.
Segundo ele, ao optar pelo crediário, o consumidor já paga os juros embutidos nas parcelas. Caso não consiga honrar alguma das prestações, sua dívida acaba indo para o rotativo do cartão, aumentando os custos de maneira significativa.
O valor devido no crediário é subtraído do limite e vai sendo liberado conforme as prestações vão sendo pagas Foto: Arquivo |
Após optar pelo crediário, três simulações de financiamento vão aparecer na tela da maquininha. Na sequência, serão apresentadas ao consumidor todas as informações da compra, como os juros cobrados e o valor total da transação.
As taxas vão variar de 0,99% a 3,99% ao mês, de acordo com o número de parcelas e o perfil de crédito do consumidor. Os limites devem ser os mesmos do cartão de quem faz a compra. O valor devido no crediário é subtraído do limite e vai sendo liberado conforme as prestações vão sendo pagas.
A novidade do produto é que o ônus da operação deixa de ficar com o lojista. Quando uma transação é realizada no crédito à vista ou no "parcelado sem juros", o dono do estabelecimento recebe o valor em um prazo a partir de 30 dias. Caso queira antecipar o recebimento, paga taxa de desconto. Com a nova modalidade, o risco da operação passa a ser do banco emissor do cartão. O lojista recebe em até cinco dias úteis.
Isso, segundo Rodrigo Carneiro, diretor de produtos da Rede, cria dois cenários positivos. O pequeno estabelecimento que, pelas altas taxas, não conseguia oferecer alternativa de parcelamento mais longa ao consumidor, ganha uma opção. E, como o lojista receberá em um prazo mais curto, permite que o comprador barganhe descontos.
Segundo o coordenador do laboratório de finanças da Fecap, Márcio Wu, a opção é bem vinda por ser mais uma alternativa para o consumidor. No entanto, deve ser evitada, já que o ideal é que o comprador se organize para pagar à vista. "Caso não seja possível pagar à vista, o consumidor deve negociar um bom desconto na nova modalidade."
Marcelo Kopel, diretor do Itaú Unibanco, acredita que o produto vai permitir que o consumidor tenha acesso a bens de maior valor agregado com uma parcela mensal menor.
Já a planejadora financeira certificada pela Planejar, Angela Nunes, ressalta que o alongamento dos prazos em parcelas menores pode causar descontrole orçamentário. "Evite se endividar por compras que não são essenciais à sua vida", diz.
Rodrigo Alexandre, especialista em crédito da Proteste, associação de defesa do consumidor, afirma que o produto pode agravar o cenário de inadimplência no País, que possui cerca de 62 milhões de negativados.
Segundo ele, ao optar pelo crediário, o consumidor já paga os juros embutidos nas parcelas. Caso não consiga honrar alguma das prestações, sua dívida acaba indo para o rotativo do cartão, aumentando os custos de maneira significativa.
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