Presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) diz que a entidade é a favor da venda da estatal e espera que, com isso, haja uma melhora operacional nos serviços da empresa
Como ficam os e-commerces com aprivatização dos Correios? |
Uma das principais bandeiras do governo federal é a privatização. Entraram nessa pauta recentemente os estudos para avaliar as opções em relação aos Correios — fala-se tanto em venda de sua estrutura quanto em abertura de capital.
Existe uma relação de amor e ódio entre os clientes e a estatal: entre 2017 e 2018, a qualidade do serviço foi extremamente criticada, em razão de atrasos em entregas e extravios. Por outro lado, seus preços são, em geral, menores do que os das transportadoras concorrentes e sua cobertura (especialmente no interior do país) é imbatível: muitas transportadoras subcontratam os Correios para fazer o trecho final de suas entregas em áreas mais remotas.
Algumas empresas já têm buscado usar alternativas à estatal. É o caso, por exemplo, do Mercado Livre: já há algum tempo, o marketplace entrega parte de suas encomendas nas mãos da Loggi. O problema é a reputação da transportadora, que, no ReclameAqui, tem quase 3 mil reclamações e uma nota de 5,3 (o máximo é 10) nos últimos seis meses. A impressão que se tem é de que se trocou seis por meia dúzia.
Como ficam os e-commerces?
O alcance dos Correios representa um custo-benefício ainda muito bom para boa parte dos e-commerces no país. “Os micro e pequenos empreendimentos ainda são muito dependentes dele”, diz Maurício Salvador, Presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Segundo ele, a organização é a favor da privatização há, pelo menos, 4 anos e há uma expectativa de que o serviço melhore se for privatizado. “No Brasil, todos os casos de privatização trouxeram consigo melhorias operacionais significativas para o serviço”, avalia. “Já está claro que o governo não tem competência para administrar empresas.”
LEIA MAIS EM...
Nenhum comentário:
Postar um comentário