Em caso mais avançado, a 'Heroína da castidade' Benigna foi considerada serva de Deus pela Igreja Católica.
A notícia do reconhecimento de um segundo milagre atribuído à baiana Irmã Dulce e sua futura proclamação como santa animou os fiéis cearenses. Isso porque há quatro processos de beatificação de pessoas nascidas no estado em curso. O processo mais avançado é o da jovem Benigna Cardoso da Silva, de Santana do Cariri, que teve sua causa aprovada na Comissão dos Teólogos da Congregação para as Causas dos Santos, em Roma, em outubro do ano passado.
"Heroína da castidade", como é aclamada, Benigna foi brutalmente assassinada aos 13 anos, em 1941, a golpes de faca por um adolescente que a assediava, depois que recusou ter relações sexuais com ele. Para a população, "ela deu a vida para não cometer pecado".
A diocese de Crato abriu o processo para sua beatificação em 2011. Dois anos depois, ele foi aceito, e a jovem foi nomeada "serva de Deus" pela Igreja Católica, em 2013.
"É claro que a expectativa é grande. Agora, depende do calendário da Congregação. Evidentemente que deve obedecer a todo um protocolo, mas penso que não haverá muita dificuldade, pois é um caso de martírio. Esperamos que aconteça logo. Agora, só depende de Roma", explica o bispo Dom Gilberto Pastana.
No caso de Benigna, o Vaticano analisou depoimentos de pessoas que viveram entre as décadas de 1940 a 1980, relatando graças alcançadas e sobre a consciência popular do martírio da menina. Agora, resta aos bispos discutirem sua beatificação. O resultado deve sair em até um ano. Mas, pelo menos em Santana do Cariri, ela já é aclamada como santa pelos fiéis. Todo ano ocorre a romaria em homenagem à santa popular, realizada dia 24 de outubro, data em que foi morta, e reúne cerca de 30 mil pessoas.
"Essas notícias nos empolgam a saber que, em breve, teremos Benigna como a primeira beata do estado do Ceará. Se obtiver parecer favorável, isso nos anima bastante", afirma o pesquisador Ypsilon Félix, morador de Santana do Cariri.
Joaquim Arnóbio, padre José e Expedito Lopes
O Vaticano também recebeu em 2018 a causa de beatificação do monsenhor Joaquim Arnóbio de Andrade, fundador da Congregação das Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus. Nascido em Massapé, o religioso foi símbolo da fé católica em Sobral até morrer, na capital cearense, em 1985.
Em dezembro de 2018, a Igreja autorizou a transferência de competência da Arquidiocese de Fortaleza para a Diocese de Sobral. Já no dia 23 do último mês, foi oficializado como "servo de Deus".
"A grande vocação do monsenhor era o serviço missionário. Segundo os relatos, era uma pessoa muito virtuosa", reforça o professor e advogado José Luís Lira, vice-postulador da causa do monsenhor Arnóbio.
A Diocese de Guarabira, na Paraíba, conduz o processo de beatificação do padre José Antônio Maria Ibiapina, nascido em Sobral em 5 de agosto de 1806. O sacerdote, já nomeado "servo de Deus", ficou conhecido por sua vida missionária, na qual conduziu as construções de casas de caridade, igrejas, cemitérios, barragens e reservatórios pelo sertão nordestino.
A fase diocesana da causa já foi concluída. Durante 10 dias, representantes do Vaticano ouviram testemunhas e coletaram documentos que foram anexados ao processo que se encontra na Santa Sé.
Outro cearense que postula o título de "beato" é dom Expedito Lopes, que também nasceu em Sobral, em 8 de julho de 1914.
O argumento do martírio é o eixo principal da sua postulação, iniciada pela Diocese de Garanhuns. Mais de 50 testemunhas participaram do processo. A morte foi em virtude de dom Expedito ter suspendido, por tempo indeterminado, as atividades religiosas do padre Hosaná, por supostos envolvimentos em casos amorosos. Após sua morte, o bispo foi aclamado como santo. O processo foi reaberto em 2003.
Caso padre Cícero
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Menina Benigna é considerada santa popular, e processo de canonização ocorre no Vaticano — Foto: TVM/Reprodução |
"Heroína da castidade", como é aclamada, Benigna foi brutalmente assassinada aos 13 anos, em 1941, a golpes de faca por um adolescente que a assediava, depois que recusou ter relações sexuais com ele. Para a população, "ela deu a vida para não cometer pecado".
A diocese de Crato abriu o processo para sua beatificação em 2011. Dois anos depois, ele foi aceito, e a jovem foi nomeada "serva de Deus" pela Igreja Católica, em 2013.
"É claro que a expectativa é grande. Agora, depende do calendário da Congregação. Evidentemente que deve obedecer a todo um protocolo, mas penso que não haverá muita dificuldade, pois é um caso de martírio. Esperamos que aconteça logo. Agora, só depende de Roma", explica o bispo Dom Gilberto Pastana.
Culto à menina Benigna reúne cerca de 30 mil pessoas em romaria anual no Cariri — Foto: André Costa/G1 |
"Essas notícias nos empolgam a saber que, em breve, teremos Benigna como a primeira beata do estado do Ceará. Se obtiver parecer favorável, isso nos anima bastante", afirma o pesquisador Ypsilon Félix, morador de Santana do Cariri.
Joaquim Arnóbio, padre José e Expedito Lopes
O Vaticano também recebeu em 2018 a causa de beatificação do monsenhor Joaquim Arnóbio de Andrade, fundador da Congregação das Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus. Nascido em Massapé, o religioso foi símbolo da fé católica em Sobral até morrer, na capital cearense, em 1985.
Em dezembro de 2018, a Igreja autorizou a transferência de competência da Arquidiocese de Fortaleza para a Diocese de Sobral. Já no dia 23 do último mês, foi oficializado como "servo de Deus".
"A grande vocação do monsenhor era o serviço missionário. Segundo os relatos, era uma pessoa muito virtuosa", reforça o professor e advogado José Luís Lira, vice-postulador da causa do monsenhor Arnóbio.
A Diocese de Guarabira, na Paraíba, conduz o processo de beatificação do padre José Antônio Maria Ibiapina, nascido em Sobral em 5 de agosto de 1806. O sacerdote, já nomeado "servo de Deus", ficou conhecido por sua vida missionária, na qual conduziu as construções de casas de caridade, igrejas, cemitérios, barragens e reservatórios pelo sertão nordestino.
A fase diocesana da causa já foi concluída. Durante 10 dias, representantes do Vaticano ouviram testemunhas e coletaram documentos que foram anexados ao processo que se encontra na Santa Sé.
Outro cearense que postula o título de "beato" é dom Expedito Lopes, que também nasceu em Sobral, em 8 de julho de 1914.
O argumento do martírio é o eixo principal da sua postulação, iniciada pela Diocese de Garanhuns. Mais de 50 testemunhas participaram do processo. A morte foi em virtude de dom Expedito ter suspendido, por tempo indeterminado, as atividades religiosas do padre Hosaná, por supostos envolvimentos em casos amorosos. Após sua morte, o bispo foi aclamado como santo. O processo foi reaberto em 2003.
Caso padre Cícero
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