Você deve ter ainda mais cuidados com os cereais e com as frutas da sua casa, porque nesses alimentos os fungos encontram condições favoráveis para se multiplicar.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO - Quem nunca esqueceu uma fruta, verdura ou legume no fundo de uma das gavetas da geladeira e, quando se deu conta, o alimento já estava esquisito, murcho, com aparência sem graça? Nesses casos, vale tirar essa parte "feia" e comer o resto ou isso faria mal à saúde?A resposta é depende. De acordo com a nutricionista Denise Vilas, se o alimento estiver íntegro, ou seja, não apresentar rachaduras nem pontos de bolor, ele pode sim ser consumido.
"O que acontece muito é que o alimento não está como veio da feira e daí já achamos que ele tem que ir pro lixo, quando, na verdade, ele pode não estar tão visualmente agradável, mas ainda guarda todas as qualidades nutricionais", conta Vilas, que trabalha na gerência de alimentação e segurança alimentar do Programa Mesa Brasil Sesc.
Por outro lado, se o alimento apresenta uma "raminha" esverdeada/acinzentada, mesmo que de forma bem sutil, ele não deve ser consumido. "Esses aspectos já demonstram deterioração e são resultado da contaminação causada por fungos", diz a nutricionista Valéria Santana, que é especialista em Saúde Pública e é Fiscal de Controle Sanitário na Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (BA).
E não adianta cortar somente a parte do alimento que apresenta o mofo, porque não conseguimos mensurar, a olho nu, o quanto aquele alimento está contaminado nem o tipo de fungo presente. "Existem mais de 300 mil espécies de bolores e alguns deles produzem micotoxinas, que são substâncias perigosas à saúde humana", explica Santana.
COMO ACONTECE A CONTAMINAÇÃO?
Os bolores ou fungos filamentosos são micro-organismos que estão amplamente distribuídos na natureza, podendo contaminar diversos alimentos e bebidas. Dessa forma, a contaminação pode ocorrer em qualquer etapa de produção e até mesmo na própria casa do consumidor.
Isso quer dizer que nem sempre é possível ficar livre desses contaminantes. Alguns tipos de fungos, inclusive, são regulamentados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O órgão delimita limites seguros para a saúde humana, com base em metodologias recomendadas pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).
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