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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Brasileiro consome menos peixes do que o indicado

Alimento é rico em vitaminas, minerais e gorduras boas para o organismo 

A população brasileira consome menos carne de peixe do que o indicado pela Organização Mundial da Saúde, diz uma pesquisa feita pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. Por esse motivo, o governo brasileiro promove a Semana do Peixe, que começa hoje e termina no dia 24 deste mês.

A população brasileira consome em média nove quilos de carne de peixe por ano, enquanto a OMS definiu como 12 quilos o consumo ideal. A OMS indica a carne de peixe como um componente da alimentação saudável, já que ela é rica em aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais como sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro e fósforo, entre outros que regularizam as funções do corpo e participam do metabolismo de nutrientes.  


Além disso, segundo a instituição, o consumo de peixes deve ser incentivado a fim de diminuir a ingestão de ácidos graxos saturados e aumentar a de ácidos graxos poli-insaturados.

Outro destaque do peixe é a oferta de ômega-3, que proporciona grandes benefícios à saúde, como diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares, redução da pressão arterial e diminuição das taxas de triglicérides e colesterol no sangue.

De acordo com o ministro de Pesca, Sérgio Luiz, o preço cobrado pela carne de peixe no Brasil é o principal motivo de a população brasileira não consumir tanto esse alimento. Além disso, a pesquisa mostrou que o brasileiro não tem como hábito consumir carne de peixe durante a semana.

A pesquisa alerta que o consumidor precisa observar uma série de detalhes na hora de comprar o peixe, como se a carne está firme, se odor não está desagradável e se cor não está estranha.  
Peixe previne doenças cardíacas
Estudos comprovam os diversos benefícios desse alimento. Um estudo feito pela American Heart Association e publicado no periódico Circulation: Heart Failure, nos Estados Unidos, por exemplo, mostrou que o risco de desenvolver doenças cardíacas em mulheres na pós-menopausa que comem frequentemente peixe assado ou cozido é menor. Por outro lado, mulheres nesse mesmo período que comem mais peixe frito possuem maior risco de desenvolver essas doenças.

A equipe examinou o diário de dieta de mais de 84 mil mulheres na pós-menopausa, com idade média de 63 anos e que fazem parte do Women's Health Initiative Observational Study. Eles dividiram as participantes com base na frequência e tipo de peixe consumido. Dois grupos de peixes ingeridos foram definidos: peixe assado ou cozido e peixe frito.  
Pesquisas anteriores já haviam descoberto que as gorduras do peixe (Ômega 3) - EPA, DHA e ALA - podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares por diminuírem inflamações e estresse oxidativo e melhorarem a pressão arterial, função cardíaca e vasos sanguíneos. Apesar disso, a relação exata do ômega 3 com insuficiências cardíacas não ficou clara. O próximo passo do estudo é esclarecer a ligação entre os peixes e o risco em mulheres na pós-menopausa.

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